O Ministério Público de São Paulo e a Corregedoria da Polícia Civil cumprem, na manhã desta terça-feira (4), mandados de busca e apreensão contra um delegado classe especial, o mais alto nível hierárquico da Polícia Civil.
O delegado Alberto Pereira Matheus Junior foi citado pelo delator do PCC (Primeiro Comando da Capital) Vinícius Gritzbach e é suspeito de integrar esquema de corrupção, junto com outros quatro investigadores presos em dezembro.
Vinícius Gritzbach era empresário ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e foi assassinado no aeroporto de Guarulhos, em novembro do ano passado, após delação premiada feita contra o PCC ao Ministério Público. Ele estava jurado se morte pela facção que ofertava R$ 3 milhões para quem o matasse.
O nome do delegado apareceu durante análise do telefone celular do investigador Eduardo Lopes Monteiro, um dos quatro policiais civis presos pela Polícia Federal (PF), em dezembro do ano passado, por suspeita de extorquir dinheiro e bens de Gritzbach.
Nos diálogos, segundo a PF, Alberto Pereira Matheus Jr faz pedidos constantes de dinheiro a Eduardo Monteiro. Os investigadores descobriram que os pagamentos foram feitos, via pix, nas contas da mulher e do filho do delegado. E eram frequentes.
Alberto Pereira Matheus Júnior já foi divisionário do Departamento de Narcóticos e do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).
O delegado também teve passagem pela Divisão de Homicídios Regional de Osasco e comandante da Delegacia Seccional de São José dos Campos. Atualmente, Alberto atua como delegado na 7ª Delegacia Seccional Leste da Capital.
Outros dois policiais militares que trabalharam na região também estão envolvidos na morte de Vinícius Gritzbach. Um dos PM trabalhou no 20° Batalhão de Barueri e o outro foi preso dentro do Batalhão após suspeita de ser ele o autor dos tiros que mataram Gritzbach.