A jovem de 17 anos que confessou ter envenenado o bolo de pote que matou Ana Luiza Neves dormiu na casa da amiga na noite que ela passou mal e foi levada às pressas para o hospital em Itapecerica da Serra.
Um motoboy entregou o bolo de pote na residência de Ana Luiza, no sábado, com os dizeres: “para a menina mais linda que já vi”. A irmã dela recebeu o “mimo” que Ana Luiza comeu, no final da tarde, quando chegou em casa.
De madrugada, Ana Luiza passou mal pela primeira vez. Foi levada ao hospital pelo pai. A jovem que envenenou o bolo com “óxido arsênico” dormia na casa de Ana Luiza e acompanhou tudo, sem falar nada.
Ana Luiza foi medicada e liberada. No domingo, os sintomas voltaram e ela sofreu parada cardiorrespiratória, não chegou viva ao pronto-socorro. A amiga que a envenenou estava junto e ainda abraçou o pai de Ana Luiza.
“Essa menina foi dormir lá em casa, acompanhou o caso todo. Viu [Ana Luiza] passando mal, viu a hora que a levei no hospital e, no outro dia, também viu minha menina caindo no banheiro e não demonstrou nenhuma reação… Depois da minha filha estando morta, ela ainda me cumprimentou e abraçou”, disse em entrevista à imprensa.
Para a polícia, a garota disse que comprou o produto químico por R$ 80,00 e colocou no bolo. Segundo ela, era só para dar um susto e não matar. No dia 15 de maio, ela fez a mesma coisa com outra amiga, mas ela sobreviveu. Na justificativa ao delegado alegou ter “sido por ciúmes”.