O deputado estadual eleito, Gerson Pessoa (Podemos), se une à mesma linha de pensamento dos prefeitos Rubens Furlan (Barueri) e doutor Sato (Jandira) sobre a concessão de “tarifa zero” nos ônibus municipais.
Gerson explicou que em Osasco não haveria como a prefeitura subsidiar a passagem sem tirar receita de outras pastas.
O parlamentar justifica que essa verba teria que sair de algum lugar e prejudicaria investimentos na Saúde e combate às enchentes, por exemplo, áreas que demandam mais atenção do prefeito Rogério Lins (Podemos).
Em entrevista ao Diário da Região, na semana retrasada, o prefeito de Jandira, doutor Sato, também descartou a implantação de tarifa zero no município. Ele não é contra a medida, mas ressalta que em Jandira, por enquanto, isso é inviável.
Doutor Sato aponta outros problemas na mobilidade urbana de Jandira que têm prioridade antes de se pensar em tarifa zero, como destinar verba para obras estruturais para dar fluidez a pontos congestionados e perigosos.
Na região, o prefeito de Barueri, Rubens Furlan, expôs a dificuldade para implantar tarifa gratuita de ônibus municipais. “Para subsidiar uma tarifa zero tem que tirar dinheiro de algum lugar. Barueri, por exemplo, tiraria da Saúde”, explicou.
Josué Ramos, presidente do CiOeste (Consórcio Intermunicipal da Região Oeste da Grande São Paulo) e prefeito de Vargem Grande Paulista, é o idealizador da Tarifa Zero na região.
Josué acredita que a medida aumenta o consumo local, a geração de empregos e o acesso da população a serviços básicos. Em Vargem Grande o sistema funciona há três anos. A principal base de financiamento é uma taxa a empresas.
Em novembro do ano passado, o prefeito da Capital, Ricardo Nunes, convidou Josué Ramos para apresentar detalhes do projeto aplicado em Vargem Grande. Nunes estuda implantar a passagem gratuita na cidade de São Paulo, onde o custo subiria de R$6 bilhões em subsídios para R$15 bilhões.