O goleiro Rodolfo surgiu para o futebol em boa companhia. Começou a longa trajetória com Neymar, ainda no futsal em Santos, pelo Gremetal, clube amador da cidade. Dessa época guarda lembranças ternas e curiosas, como disse com exclusividade à reportagem da ESPN.
O goleiro passou por vários times, como o Osasco Audax, e o próprio Oeste, onde brilhou na Série B do Campeonato Brasileiro, terminando o torneio no sexto lugar e como o melhor arqueiro da disputa, em 2017.
Isso chamou a atenção do Fluminense, que o contratou. Mas o comportamento fora de campo acabou atrapalhando. Com a dependência química batendo na porta, mais uma vez o goleiro perdeu o controle.
Nos treinos, segundo ele, chegava virado. Rodolfo diz que nunca usou a cocaína para jogar, mas que depois de cada partida corria em busca da droga.
Em 2019 foi pego no antidoping e tomou uma punição de dois anos. Com o apoio do clube conseguiu uma redução para 1 ano, sete meses e 20 dias. Tempo suficiente para atrapalhar qualquer atleta de alto rendimento.
Admitindo ser um dependente químico, Rodolfo já passou por tratamento contra o vício e diz que seu medo sempre foi fazer o exame antidoping, temor que não existe mais. “Hoje eu consigo ir tranquilo ao exame antidoping”, afirmou à reportagem da ESPN Brasil.
O goleiro ainda afirma que sente medo de uma recaída, mas ressalta que não quer passar por isso de novo nunca mais. O seu exemplo vem do comentarista Walter Casagrande Junior, ex-jogador de futebol e dependente químico assumido.
Rodolfo pensa em possibilidades fora do futebol. Ele quer estudar e se tornar um exemplo na luta contra a dependência química no Brasil.