Em entrevista ao Diário da Região, Renata Abreu, deputada federal e presidente nacional do Podemos, disse que seu partido não pressiona o presidente da Câmara dos Deputados, em Brasília, para pautar o impeachment de Jair Bolsonaro porque o processo é lento e terminaria próximo às eleições de 2022. “Nós entendemos que a nossa grande bandeira é a democracia direta, inclusive, o próprio voto impresso foi uma decisão que a gente abriu para a população votar e participar. É um momento de crise econômica, crise política e crise institucional, neste momento, o impeachment geraria uma instabilidade. Vivenciamos isso no processo de impeachment da presidente Dilma Roussef. Eu estava em minha primeira legislatura, foi bem forte e não é um processo rápido”, disse. “Se iniciarmos o processo de impeachment agora, até ele se concluir, já estaremos próximos da eleição presidencial do ano que vem. Agora, mais do que nunca, nós precisamos ter cautela. É uma decisão que impacta a vida de todos os brasileiros”, finalizou. Atualmente, 133 pedidos de impeachment contra Jair Bolsonaro aguardam julgamento na Câmara dos Deputados. Ele é o presidente da República que mais teve pedido enviados. Seus quatro antecessores somaram juntos 160 pedidos. Dilma Roussef teve 68; Lula 37, Michel Temer 31 e Fernando Henrique Cardoso 24. Para muitos cientistas políticos, o relacionamento de “toma lá dá cá” com o Centrão, no Congresso Nacional, tem garantido a permanência de Bolsonaro no poder.