Gil Arantes teve sua candidatura a prefeito de Barueri confirmada em convenção partidária que aconteceu no sábado (27) na avenida 26 de Março, no Jardim Belval. Na ocasião, ele anunciou sua esposa, Silvia Arantes, como sua vice-prefeita. Ambos são filiados ao União Brasil.
A ‘chapa matrimonial’ causou indignação em Mari Tavelli (PSB), candidata a vereadora de Barueri e apoiadora de Rubens Furlan (PSB) e Beto Piteri (Republicanos), este principal adversário de Gil na disputa pela Prefeitura.
Mari Tavelli chamou de ‘imoral’ a indicação da esposa para vice. “Aqui eu gravo esse vídeo para vocês abismada com a coragem que esse candidato tem em fazer uma imoralidade dessa. É imoral. Prefeitura não é órgão privado. Prefeitura é órgão público. Política se divide poder”.
No vídeo, publicado em suas redes sociais, ela chamou Gil Arantes de “egocêntrico’’ por indicar a esposa e não escolher uma das mulheres de seu grupo político que têm representatividade na cidade e votos. Uma delas, inclusive, é a vereadora Tânia Gianeli, também filiada ao União Brasil, mesmo partido de Silvia Arantes. “Gil Arantes demonstra medo e falta de confiança [no seu grupo político]. O que você fez demonstra o cara egocêntrico que você é”, disparou.
Sobre Silvia Arantes, Mari Tavelli a chamou de linda, mas afirmou que não está preparada para ser vice-prefeita. “Você que escolheu o Gil Arantes e caiu nessa lorota, você agora está sendo sub-representado por uma esposa, uma mulher privilegiada, que talvez conheça pouco da realidade dessa cidade. Talvez em seus carros luxuosos, com suas bolsas de grifes, em suas roupas de marcas, em seu sorriso marcante, talvez ela ache que isso é política. Mas não é. A política que eu acredito é de mulheres reais”, comparou.
Ao final do vídeo, Mari Tavelli mandou um recado para os eleitores: “Diga não esse tipo de gente. Esses maus políticos que acham que a prefeitura é uma extensão da sua casa porque eles têm muito poder, mas não é. Então, vamos deixar eles lá no passado”.
Gil Arantes foi prefeito de Barueri por três mandatos. No último, ele chegou a ser afastado do cargo, entre 24 de fevereiro e 11 de março de 2015, em ação movida pelo Ministério Público na qual respondeu por lavagem de dinheiro e crime de responsabilidade. Ele foi acusado de desviar R$ 26 milhões da prefeitura por meio de um esquema de indenizações pagas pela desapropriação de terrenos do município entre 1997 e 2004.
Também no terceiro mandato de Gil, o Hospital Municipal chegou a sofrer interdição após denúncias contra a OS (Organização Social) Hygia por atraso no pagamento dos funcionários, não pagamento de rescisões trabalhistas e demissão de médicos experientes.
