O ex-deputado federal João Paulo Cunha (PT) pode voltar a disputar eleição no próximo ano. Não está descartada a possibilidade dele atender ao pedido do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e lançar candidatura em 2026.
Durante sua última visita a Osasco, em julho, Lula chegou a falar em público que João Paulo deveria abandonar a advocacia e retomar sua carreira política. João Paulo estava no palanque acompanhando a liberação, pelo governo federal, de verbas do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para o município.
João Paulo teve sua vida pública interrompida pelo escândalo do mensalão, quando chegou a ser condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por peculato, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Ele cumpriu pena, cursou faculdade de direito e passou a trabalhar como advogado em Brasília, onde atua em grandes causas.
João Paulo foi um dos fundadores da Executiva Municipal de Osasco do PT, partido ao qual se filiou em 1981. Em 1982, aos 24 anos, foi eleito a uma cadeira na Câmara de Vereadores da cidade.
Em 1990 foi eleito deputado estadual e já ocupou a liderança do partido logo no primeiro ano do mandato na Assembleia Legislativa.
Quatro anos depois, João Paulo vence sua primeira eleição para deputado federal. Em 2006 reeleito para seu terceiro mandato na Câmara dos Deputados e, desta vez, como o mais votado do PT em São Paulo e o segundo do Brasil. Nas eleições de 2010 foi novamente o mais votado do PT em São Paulo.
Em 16 de fevereiro de 2011 foi indicado pelo PT para presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), uma das mais importantes da Casa. Entre 2003 e 2005, assumiu a presidência da Câmara dos Deputados, sendo eleito na época um dos políticos mais influentes do país.