Nessa sexta-feira, 26, o ex-policial militar Victor Cristilder, 37 anos, e o guarda civil municipal Sérgio Manhanhã, 48 anos, foram absolvidos das acusações por participação nas chacinas de Osasco e Barueri, em 13 de agosto de 2015. Eles eram acusados pela ação que deixou 17 mortos e sete feridos. Os assassinatos teriam ocorrido, segundo a acusação, para vingar as mortes de um policial militar e de um guarda civil metropolitano, que haviam sido assassinados dias antes.
O júri popular que começou na manhã de segunda-feira, 22, no Fórum Criminal de Osasco terminou na tarde desta quinta, com a réplica do Ministério Público (MP) e a tréplica da defesa dos réus. Depois os sete jurados se reuniram e votaram.
Por maioria, o júri inocentou os acusados pelos crimes de homicídio doloso qualificado (meio cruel e recurso que dificultou a defesa das vítimas), tentativa de homicídio e formação de quadrilha. A juíza Élia Kinosita, que conduz o julgamento, aplicou a sentença.
“Decidiram os senhores jurados pela absolvição dos réus Victor Cristilder Silva dos Santos e Sérgio Manhanhã da acusação de estarem em curso dos crimes inicialmente descritos. Assim expeço os alvarás de soltura aos clausulados”, disse a juíza. Eles deverão deixar a prisão no sábado, 27.
Eles já tinham sido condenados em julgamentos anteriores. Em março de 2018, em um julgamento separado, o tribunal do júri condenou Cristilder a 119 anos, 4 meses e 4 dias em reclusão em regime inicialmente fechado. Já Manhanhã foi julgado em setembro de 2017 e condenado a 100 anos e 10 meses.