Era um sonho desde pequena. Ao lado de Keyt, sua irmã gêmea, Keyla Alves sempre quis atrair a atenção dos holofotes. Deu certo. Nos últimos dias, a líbero do Osasco se tornou a jogadora de vôlei do mundo com mais seguidores no Instagram. Com 2,2 milhões de fãs em seu perfil, Key, como é conhecida, desbancou nomes como Rosamaria e Jaqueline e fincou seu nome na lista mundial. Mas, apesar do sucesso nas redes, garante: a prioridade ainda é e sempre será o vôlei.
“Vôlei sempre será minha prioridade. E é por isso que hoje eu consigo tudo. Minha imagem não é de uma blogueira, uma influenciadora. Minha imagem é de uma jogadora de voleibol. O que eu faço à parte é à parte. Hoje, quem entra nas minhas redes sociais consegue ver nitidamente que eu sou uma atleta, não que eu sou uma blogueira. Quero conseguir minha posição para jogar, ser titular. Fui reserva da Camila Brait, minha referência, aprendo muito com ela. Estou esperando meu momento. Enquanto não chega, eu treino muito. Sou muito dedicada nos treinos, fora de quadra. Meu plano é continuar no Osasco até me firmar, aprender com essas meninas que são campeãs olímpicas, da Superliga. E poder, com certeza, absorver o máximo”, afirmou a atleta de 22 anos.
Key, nascida em Bauru, é vista como uma promessa no esporte. No currículo, conta com títulos e premiações individuais nas seleções de base, como o posto de campeã e melhor líbero do Sul-Americano sub-18, disputado em 2018, em Lima. Na última temporada, foi reserva de Camila Brait no Osasco São Cristóvão Saúde. Pouco jogou, mas atraiu os olhares dos torcedores em quadra e nas redes sociais.
Na última semana, os fãs lideraram uma campanha para que Key se tornasse a jogadora de vôlei mais seguida no Instagram. Antes, o posto era da turca Zehra Günes, que tinha 2,1 milhões de seguidores. Agora, a líbero do Osasco soma 2,2 milhões de fãs na plataforma – no total, ao juntar os números de outras redes, Key tem mais de 3,5 milhões de seguidores. Sucesso nas Olimpíadas de Tóquio, por exemplo, Rosamaria tem 1,1 milhão de fãs no Instagram.
A atleta também falou sobre o significado dessa marca: “Eu sempre esperei muito atrair gente do mundo todo. Desde novinha, sempre falei para meus pais que eu seria conhecida mundialmente. Eu e minha irmã fizemos parte disso. Hoje, sou a jogadora mais seguida no mundo, superando nomes como Jaqueline e Rosamaria, que são lindas e fazem um trabalho perfeito nas redes sociais. E eu não sei, acho que foi um pouco do meu carisma, da minha humildade. Não foi só um rostinho bonito, não foi só meu talento no vôlei. Sou muito carismática com meus fãs, dou toda a atenção. E sempre gostei disso, de aparecer, de fazer fotos, de trabalhar com marketing. Então, acho que isso também é o segredo para atingir a marca que eu atingi hoje”.
O sucesso a faz sonhar com mais tempo em quadra. Na próxima temporada, Key seguirá no Osasco. A líbero espera ter mais oportunidades após a decisão de Camila Brait de se afastar das quadras para tentar ser mãe novamente. O clube vai contar com Natinha, ex-SESC RJ Flamengo e que está na seleção para a Liga das Nações. Key, porém, acredita ter condições de disputar uma vaga no time de Luizomar de Moura.
“Minha maior referência dentro de quadra, sem dúvida, é a Camila Brait. Hoje, sou reserva dela e tenho muito orgulho de dizer isso. É a minha maior referência dentro e fora de quadra. As atitudes dela, ela é perfeita e me ajuda. Com a pausa dela, acho que vou ter mais espaço, sim. Claro, a Natinha, que está por vir, é uma excelente jogadora, está na seleção brasileira. Mas eu acredito que ela não chegue a tempo do Paulista. Então acredito que vou ter mais espaço no primeiro campeonato. Depois, é disputar vaga. Por mais que a Natinha seja mais velha, esteja mais à minha frente, é tudo questão de treinar e se dedicar”. (com ge.globo.com)