Se depender da vereadora Lúcia da Saúde os homens deverão remunerar suas esposas por todas as tarefas domésticas que elas fazem. “Têm muitos homens que tratam a esposa como empregada. Almoço na mesa, jantar na mesa, roupa lavada. Um dia até brinquei e disse que achava que o homem tinha que fazer um pagamento para sua esposa porque a mulher que trabalha em casa trabalha muito mais do que a mulher que trabalha fora”, comentou durante sessão da Câmara de Osasco de terça-feira (8).
A declaração aconteceu depois que o vereador Emerson Osasco apresentou moção de reconhecimento à Cida, sua esposa. “Parabéns por ser um verdadeiro homem e honrar a sua esposa. Pela primeira vez eu vejo um homem com atitude vir até essa tribuna ter um reconhecimento com a sua esposa e isso é muito bonita”, disse Lúcia ao vereador.
Emerson conhece Cida há 19 anos. No domingo (5), completaram 12 anos de casados. Em suas redes sociais, o vereador divulgou que sua esposa estava grávida, mas a gestação foi interrompida. “Tínhamos o sonho de ter nosso primeiro filho, que, infelizmente, há algumas semanas, tivemos a triste e lamentável notícia da gestação que foi interrompida”.
Na tribuna, quando foi justificar sua moção, o vereador não segurou as lágrimas. “São anos de muitas alegrias, muitas dores e muitas dificuldades, mas foram nas dores que ficamos mais fortes e mais unidos. Que a gente apoiou um ao outro, mas nenhuma das dores foi tão forte como a que passamos nos últimos meses. Era um laço triplo. Estávamos sonhando acordados. Vivendo uma nova realidade, mas, infelizmente, não pudemos viver em sua totalidade”, declarou aos prantos.
“E quando o mundo desabou ela estava do meu lado em apoiando. Um secando as lágrimas do outro. E aquele laço triplo deixou de existir fisicamente, mas continua em nossos corações. Até o fim das nossas vidas eu serei sempre o seu marido, seu companheiro, seu ombro amigo a todo momento porque, se hoje, com todas essas dificuldades eu ainda continuo em pé é porque tenho essa mulher guerreira”, finalizou. Sem condições emocionais Emerson pediu ao presidente da sessão, Josias da Juco, sua saída do plenário.