O técnico do Vôlei Osasco, Luizomar de Moura, já pensa em alternativas para levar à equipe uma jogadora que possa ocupar o lugar de Tandara. A oposta afastada nas quadras após seu exame antidoping acusar positivo para a substância Ostarina, da família dos anabolizantes.
Uma delas seria Chumba, da Seleção do Quênia, que foi comandada por Luizomar durante os Jogos de Tóquio. “A Chumba é um diamante. É uma jogadora muito forte, tem um braço pesado, mas ainda com um lastro de desenvolvimento técnico muito grande. Se viesse para o Brasil, em uma equipe como a de Osasco ela treinaria muito, mas jogaria pouco, o que é importante. Ou em uma equipe menor em que o treinador entendesse o processo de formação da atleta”, explicou em entrevista ao site Web Vôlei.
A tendência é que em um primeiro momento Tifanny, uma das novas contratadas, assume a função de Tandara na saída de rede. Outra opção seria Karine, que já faz parte do elenco desde a última temporada e está em fase final de recuperação de uma cirurgia.
Durante a entrevista Luizomar também mostrou solidariedade à oposta e disse que acredita na inocência da jogadora. “A Tandara está muito bem assessorada por um dos principais advogados da área. O processo corre em segredo. Nesse momento, eu apoio a menina que eu conheço desde muito tempo. Se Deus quiser, isso vai ser resolvido. A gente torce par que seja acidental, como ela falou. Eu acredito”, disse Luizomar.
Tandara fez o exame em julho, durante o período de treinamento da Seleção feminina em Saquarema (RJ), mas o resultado só saiu no dia 5 de agosto, durante a Olimpíada. A jogadora foi suspensa, desligada da delegação e retornou ao Brasil. Além disso ela não ganhou a medalha de prata.
Tandara deveria apresentar a sua defesa até esta quinta-feira (12), mas o processo pode durar meses até o julgamento.