A segunda turma do TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região), por unanimidade, negou o recurso do político e empresário Pablo Marçal contra a condenação em quase R$ 2 milhões pelo acidente de trabalho que levou a morte de Celso Guimarães Silva, de 49 anos, durante a prestação de serviço para a empresa Marçal Participações.
O julgamento aconteceu de modo virtual, em outubro deste ano, após o influenciador questionar a validade dos argumentos da família da vítima e foi publicada nesta terça-feira (21). A desembargadora e relatora do caso Cândida Alves Leão entendeu que o testemunho de um dos funcionários é válido e que, apesar de trabalharem juntas esporadicamente, não se entende amizade íntima, o que invalidaria o testemunho, argumento da defesa de Marçal.
A Justiça ainda entendeu que o recurso foi protelatório, ou seja, usado para postergar o andamento do processo, e aplicou uma multa a empresa. Com a multa e a indenização por danos morais e materiais (e correções monetárias) a Marçal Participações deve pagar cerca de R$ 2,4 milhões de reais a advogados e família. Celso deixou esposa e três filhos.
A condenação cabe recurso no Tribunal Superior do Trabalho (TST). A assessoria de Pablo Marçal não se pronunciou até o momento de publicação dessa reportagem. O espaço segue aberto.
Celso Guimarães Silva era profissional especializado nas instalação elétrica em estúdios de produção audiovisual e trabalhava na desmontagem de um cinema em Alphaville, bairro nobre dos municípios de Barueri e Santana de Parnaíba, quando sofreu uma descarga elétrica e caiu no chão de uma altura de 4 metros em junho de 2023.