Em uma ação conjunta entre o Ministério Público de São Paulo, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Receita Federal, a Operação “Fim da Linha” desarticulou, na última terça-feira (9), um esquema de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) que utilizava empresas de ônibus da capital paulista. Seis pessoas foram presas.
A investigação, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), revelou que os envolvidos utilizavam as empresas de transporte público para “legalizar” valores obtidos por meio de atividades criminosas como tráfico de drogas, roubos e outros delitos. A operação também visou ocultar o patrimônio da facção.
Força-tarefa integrada
A ação contou com a participação de mais de 400 agentes, incluindo membros do Gaeco, da Polícia Militar, do Cade e da Receita Federal. Foram cumpridos 52 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão e cinco medidas cautelares em cidades como São Paulo, Guarujá, Guarulhos, Itapecerica da Serra, Itaquaquecetuba, Itu, Mauá, Santana de Parnaíba, São Bernardo do Campo e São José dos Campos.
Resultado da operação
A operação resultou na prisão de seis pessoas, sendo três em cumprimento de mandado e três em flagrante por porte ilegal de armas e obstrução de ordem judicial.
Além disso, foram apreendidas 11 armas, incluindo dois fuzis e uma submetralhadora; mais de 800 munições; joias; barras de ouro; computadores; celulares e R$ 161 mil em espécie.
A Justiça determinou o afastamento dos gestores das duas empresas de ônibus envolvidas, que operam nas zonas sul e leste da capital paulista. Também foi determinado o bloqueio de R$ 600 milhões das contas dos investigados para reparar eventuais danos, além da apreensão de um helicóptero, veículos, lanchas e motos aquáticas.