Em entrevista, no Palácio dos Bandeirantes, ontem, João Gabbardo, coordenador executivo do Centro de Contingência do Coronavírus do estado de São Paulo, alertou sobre a necessidade do uso de máscara, álcool em gel e isolamento social.
As novas cepas do coronavírus estão mais contagiosas e agressivas, o que tem elevado o número de contaminações e o aumento significativo de casos graves. Hoje, a incidência maior de ocupação de leitos de UTI é por jovens na faixa etária dos 20 aos 30 anos.
Diante da saturação do sistema de Saúde, tanto pública quanto privada, com pessoas morrendo à espera por vagas nos hospitais, Gabbardo foi enfático ao dizer que as medidas de restrição devem ser respeitadas urgentemente, caso contrário o colapso na Saúde será inevitável e irá atingir pobres e ricos.
“Se não conseguirmos implementar essas medidas, se não aumentarmos o isolamento social, muita gente vai morrer. Muita gente com plano de saúde, com o melhor plano de saúde, não vai ter leito nos hospitais privados. Os empreendedores de sucesso, eles também irão morrer. Os que têm muito dinheiro na conta, também passarão pelo mesmo colapso e irão morrer por falta de leitos. Assim como irão morrer os trabalhadores informais, as pessoas da classe média, os mais necessitados. Não vai ter leito para todo mundo”, alertou.
Na região, Osasco reativou o Pronto Socorro do D´Abril e do Helena Maria apenas para casos de Covid. As duas unidades passam a funcionar como pólos de combate à doença. Barueri anunciou que está com quase todos os leitos da rede municipal de Saúde ocupados e que irá “fechar tudo”. Cotia trabalha com a UTI cheia há uma semana. O mesmo já começa a acontecer com os hospitais particulares. O mais famoso deles, o Albert Einstein, que atende a classe média alta, está lotado.