Em entrevista ao Diário da Região, Mônica Veloso, secretária executiva da Mulher e Promoção da Diversidade, informou que a prefeitura de Osasco já está analisando um imóvel, na Zona Sul, para adaptar e transformar em uma “Casa de Passagem” às vítimas de violência doméstica.
Mônica Veloso explicou ainda que o prefeito Rogério Lins (Podemos) analisa também a possibilidade de se criar uma segunda Casa de Passagem, na Zona Norte. A Casa de Passagem é apenas um instrumento a mais da rede de proteção à vítima e violência doméstica. É um local para ajudar a pessoa a sair provisoriamente da situação. A vítima é acolhida. É um primeiro socorro para tirá-la daquela condição.
Segundo a secretária, na Casa de Passagem o atendimento engloba a família. A meta é trazer segurança física à mulher e aos filhos. “Quando se instala uma violência doméstica, não é só a mulher que sofre com isso, mas todas as pessoas dessa família são envolvidas”, explica Mônica.
Para ela, a criação da Secretaria da Mulher e Promoção da Diversidade aponta uma sensibilidade do prefeito para a causa. “A demanda cresceu e é necessário que o município também dê uma resposta”, disse se referindo ao aumento de 50% no registro de violência contra a mulher durante a pandemia do novo coronavírus devido à quarentena estipulada pelo governo do estado.
Mônica ressalta a importância da rede de atendimento porque é por meio dela que é feita a primeira denúncia e pedido o primeiro socorro. “A prefeitura está apenas ampliando o atendimento ao criar essas Casas de Passagem que irá trabalhar em conjunto com a segurança pública, o sistema de saúde, a assistência social, o CRMVV (Centro de Referência da Mulher Vítima de Violência), a educação, a Procuradoria da Mulher da Câmara de Osasco e todos os serviços públicos que, em algum momento identifiquem, uma vítima da violência.
Essa rede de atendimento, onde se faz a denúncia ou se identifica uma vítima de violência, em geral, é a porta de entrada para o acolhimento da mulher. A Casa de Passagem dará a ela e aos filhos um local seguro, longe do agressor. É uma situação provisória, não é fixa, mas pode evitar, inclusive, a morte da vítima pelo agressor, em algumas situações mais extremas.
Osasco já integra, há 2 anos, o programa Casa Abrigo que está saturado devido a alta demanda porque atende uma população de quase 3 milhões de habitantes por ser regional. O crescimento da violência doméstica na pandemia agravou a situação.