A Câmara Municipal de Osasco realizou o Fórum da Semana de Combate ao Trabalho Infantil. A iniciativa foi promovida pela Comissão da Criança, do Adolescente, da Juventude e da Mulher, presidida pela vereadora Elsa Oliveira (Podemos). O evento reuniu especialistas para discutir a questão em Osasco.
Em 2024, foram registradas 62 denúncias, sendo 60 pelo 156 e duas pelo SIPIA – Sistema de Informação Para Infância e Adolescência. A maioria dos casos ocorreu na região central, somando 37. Dados foram apresentados por Horácio Luiz, supervisor do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) e presidente da Comissão Municipal de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil de Osasco.
“O trabalho infantil tem cor, raça e classe social. As mulheres entre 5 e 17 anos estão cada vez mais fora da escola e dentro do trabalho infantil, bem como os meninos, na maioria pretos e pardos”, disse a advogada Letícia Sanches sobre o perfil das vítimas de trabalho infantil.
O secretário municipal de Assistência Social, José Carlos Vido, lembrou que o Brasil assumiu o compromisso de erradicar o trabalho infantil até 2025, conforme os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), mas reconheceu que a meta não foi atingida. “Cumpre destacar que, em Osasco, tivemos alguns avanços como a reativação do PETI. Mas, que municípios conseguiram erradicar o trabalho infantil? Onde efetivamente está erradicado o trabalho infantil? Acho que em nenhum. E a grande maioria pouco fez. Essa ação é responsabilidade de todos nós, de toda a sociedade, não apenas do Executivo”, apontou Vido.
Já a ex-conselheira tutelar Graziela Macedo afirmou que “Osasco tem como ser referência no combate ao trabalho Infantil”.