Na tarde de quarta-feira, 25, a Comissão de Saúde e Assistência Social recebeu membros do Conselho Municipal de Saúde e Suzete Franco, secretária-adjunta de Saúde, para ampliar os debates e colocar em pauta questões relativas ao quadro de pessoal da Secretaria de Saúde, saúde mental e participação coletiva nas decisões.
Na reunião Suzete revelou que, em breve, a cidade contará com a Ludoteca Sabin, um espaço que terá condições de realizar escuta e acompanhamento terapêutico de crianças, adolescentes e famílias vítimas de violência.
“Após a pandemia, o número de crianças e adolescentes com quadros severos de problemas com a saúde mental aumentou muito e isso aconteceu em todo o mundo. Eles precisam imediatamente de atenção, porque, a longo prazo, haverá problemas que afetarão toda a sociedade”, esclareceu Suzete.
Questionada por Deise Oliveira (Ativoz) sobre o número de servidores que atuam junto ao Hospital Maternidade Amador Aguiar, Suzete Franco declarou que a Secretaria deve, em breve, aumentar o quadro de psicólogos que atendem na Maternidade.
Comissão apresenta outras demandas
O presidente da Comissão de Saúde e Assistência Social, vereador Michel Figueredo, falou sobre a necessidade de construção conjunta de políticas públicas para a saúde e levantou alguns pontos que precisam ser levados em consideração pela gestão da Secretaria.
“Nós, vereadores, estamos abertos ao diálogo para que possamos, juntos, construir políticas públicas para a saúde. Sugiro que a Secretaria ouça mais quem atua nas pontas, pois eles estão mais próximos da população do que qualquer outra pessoa”, declarou Figueredo, ao propor que a secretaria reavalie o sistema usado nas unidades de saúde. “Muitos profissionais reclamam do novo sistema, porque em alguns aspectos eles estão prejudicando o atendimento”.
Em resposta às falas dos vereadores e membros do conselho presentes na reunião, a secretária-adjunta de Saúde, Suzete Franco, concordou com a necessidade de construir políticas públicas em conjunto, estabelecendo diálogos e ouvindo as pessoas. “Não existe um modelo ideal de assistência à saúde; existem inúmeros modelos, porque cada indivíduo carrega a sua própria necessidade e exige um modelo particular. Estamos atentos a cada uma das demandas”, esclareceu a secretária-adjunta, que também falou sobre os avanços dos serviços de saúde mental no município.
“A pandemia da Covid-19 trouxe uma demanda absurda para a saúde mental. Devemos aumentar e melhorar a estrutura física e humana porque há necessidade premente. A pandemia mudou as relações e afetou muito a saúde mental das pessoas, principalmente de crianças e adolescentes. E as emendas destinadas pelo Legislativo ajudaram muito”, declarou a secretária.
Uma das emendas parlamentares foi encaminhada pela vereadora Cristiane Celegato, que há anos dedica-se ao atendimento de pessoas em drogadição. “É um trabalho exaustivo e muitos municípios não oferecem a estrutura que Osasco oferece. Os usuários de drogas precisam de tratamento integral, precisam de acolhimento e apoio. E isso pede aumento na capacidade de atendimento da estrutura”, declarou a parlamentar, que se mostrou satisfeita em ver a verba sendo destinada à reforma do CAPS AD.
Suzete Franco acrescentou que a Secretaria de Saúde, respeitando os trâmites legais, inclusive no que diz respeito à Lei de Responsabilidade Fiscal, solicitou a psicólogos e outros profissionais para atuarem na saúde mental, além de pedirem a alteração do CAPS AD para modalidade 3. “Quero deixar claro que essa mudança não acontece rapidamente, porque também envolve orçamento estadual e federal, que precisam prever repasse maior para o município. Essa reclassificação precisa ser aprovada pelo próprio Estado e União”, explicou Suzete.
Também estiveram presentes na reunião os vereadores que compõem a Comissão de Saúde e Assistência Social — Michel Figueredo (Patriota), Batista Comunidade (Avante), Cristiane Celegato (Republicanos), Joel Nunes (Republicanos), além de Deise Oliveira (representando a mandata coletiva Ativoz), Paulo Sérgio Machado (presidente do Conselho Municipal de Saúde) e Eduardo Dias Real (do Coletivo Classe Livre e do Movimento de Luta Antimanicomial Osasco).