Em entrevista ao Diário da Região, o delegado Celso Luiz de França, disse que a polícia já identificou dez pessoas beneficiadas com os recursos obtidos por meio do golpe da “cara falsa”, ou “manequim do crime”.
Elas eram a ponta final da linha das pessoas envolvidas. Eram as que recebiam a maior parte do dinheiro obtido por meio da abertura de contas bancárias falsas a partir de onde solicitavam empréstimos e cartões de crédito em nome das vítimas.
Os golpistas utilizavam fotos da RG roubados para driblar o reconhecimento facial na abertura de contas pela internet. Como o acesso às contas pelos celulares é feito por reconhecimento facial, os bandidos descobriram um jeito de burlar o sistema.
Na hora de fazer o reconhecimento facial, os golpistas colocam uma foto impressa da pessoa no manequim e assim, conseguem burlar os aplicativos.
As pessoas descobriram as contas falsas, abertas em seus nomes, quando começaram a receber cobrança dos Bancos. Os criminosos furtaram mais de R$ 1 milhão de diversas instituições financeiras. Um Banco detectou o esquema e acionou a polícia. Foram mais de 100 vítimas.
Nas redes sociais esse grupo de dez estelionatários ostentava uma vida de luxo incompatível com suas rendas. Moravam em mansões, tinham jet ski e carros caros como BMW, Mercedes Benz e Audi. Isso ajudou a polícia a chegar aos mentores do crime.