Osasco é conhecida como a capital do cachorro-quente e quem pisa no Calçadão da rua Antônio Agu dificilmente resiste a um famoso dogão. O problema é que, com a primeira onda da pandemia causada pela Covid-19, no ano passado, o comércio foi obrigado a seguir as regras do Plano SP e tudo fechou durante a fase vermelha. Com os carrinhos de cachorro-quente a situação não foi diferente.
“No ano passado a barraquinha ficou quatro meses parada. Ficamos todo esse tempo sem trabalhar”, disse Crislene Martinez, proprietária de uma barraca de hot dog no Calçadão. Quando a barraca voltou a funcionar a realidade foi bem diferente se comparada com as vendas antes da pandemia. “A gente vendia de 250 a 300 lanches por dia, agora para vender 100 lanches é meio complicado”, comparou. O número representa uma queda de aproximadamente 60%. Segundo ela, o que ajudou a segurar as contas que não paravam de chegar foi o auxílio emergencial: “Ele me ajudou bastante”.
Em 27 anos com barraca de cachorro-quente no Calçadão de Osasco, Ster Moreira também sentiu o impacto da pandemia nas vendas. “Hoje o máximo que eu vendo, por dia, são 50 pães e olhe lá. A salsicha está um absurdo, preço lá em cima. Muito difícil. Tô nessa fé que vai melhorar. A gente tem que ter fé que vai melhorar”. E para conquistar o cliente ela aposta no tempero da salsicha, purê e todas as outras delícias que completam essa marca da gastronomia osasquense. “A gente até faz um molhinho diferente, acrescenta mais coisa, como bacon, cominho e louro. Senão, não vai”.