Em entrevista ao Diário da Região, o delegado Igor Guedes, titular da Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes), disse que sua equipe de investigadores desarticulou uma espécie de “mini cracolândia” na rua da Estação, região central de Osasco. Três foram presos com 127 porções de crack; R$388,00 em dinheiro e 3 telefones celulares. Todos com passagem por roubo, furto e tráfico.
Uma passarela sobre a linha de trem, que está desativada, foi transformada em ponto para tráfico de drogas, especificamente crack. Nenhum outro entorpecente é vendido ali.
A espécie de “mini cracolândia” é cercada de usuários que compram as “pedras” com facilidade por um buraco feito no muro.
O esquema é simples. O usuário faz o pedido, coloca o dinheiro no orifício, recebe a pedra de crack e sai andando. O traficante fica escondido do outro lado. Eles se vêem apenas por esse buraco.
Para que não se forme fila na calçada e chame a atenção da polícia, um usuário faz o papel de “formiga”. O que é isso? O “formiga” compra várias “pedras” e distribui para os usuários que o esperam em ruas próximas, ou no entorno do Mercado Municipal, distante duas quadras do local.
Esse “modus operandi” foi filmado pelos investigadores e três traficantes foram presos em flagrante na passarela.
Na rua da Estação é comum observar os chamados “nóias”, que são usuário de drogas com alta dependência. Próximo ao Mercadão também ficam alguns. Nas adjacências da quase “mini cracolândia” funcionam dois colégios particulares e uma escola estadual.