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Polícia estoura "casa bomba" com 400 porções de K9 a "droga zumbi"

Divulgação

Da redação     -
28 de abril de 2023

Em entrevista ao Diário da Região, o delegado Igor Guedes, titular da Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes), de Osasco, disse que sua equipe apreendeu 864 porções de cocaína, 140 de maconha, 400 de k9.

O flagrante foi feito na madrugada desta sexta (28), na rua Aníbal Correia, no Jardim Paulista, em Barueri. Dois homens foram presos. Um era o gerente (o responsável pelo “chão” como chamam quem fica na “casa bomba”) e o outro fazia o transporte dessas drogas até os pontos de comércio ilegal.

Com eles também foi apreendida uma submetralhadora com carregador, notebook, balança de precisão, dois celulares e um tijolo grande de maconha.

Segundo o delegado, “tudo indica que essas drogas seriam redistribuída para Osasco, Barueri e Carapicuíba”. As mais caras (skunk) devem abastecer áreas nobres como Alphaville, Granja Viana e Aldeia da Serra.

Em duas semanas, a Dise Osasco derrubou 3 casas bombas. O delegado explica que a “preocupação não é só destruir o ponto de comércio, mas desestruturar a célula de distribuição de entorpecentes na região, evitando que a droga entre em Osasco”.

Drogas K

A K9 é como uma maconha sintética, que já se espalhou por São Paulo capital e, agora, luta-se para que não se expanda pelo interior do Estado.

As drogas K são feitas em forma líquida, com uma mistura de substâncias químicas, e são borrifadas em diversos meios para o consumo.

Quando no papel, é chamada de K2; quando em tabaco, é K4; quando misturada a outras drogas, como crack, cocaína e maconha, é chamada de K9, sendo essa a mais letal de todas. A K9 causa dependência imediata e pode matar.

As drogas do tipo K (também conhecidas como “supermaconha”, Spice, Space, Zen, Crazy Monkey) estão se popularizando cada vez mais entre os usuários de drogas.

Manipulada em laboratório, a k9 é “até cem vezes mais potente que a maconha natural”, de acordo com especialistas.

Esses entorpecentes ocasionam maior potencial de toxicidade neuropsiquiátrica e risco de morte, com consequências devastadoras em crianças e adolescentes, visto que, nessa faixa etária, essa população ainda se encontra em processo de amadurecimento de estruturas cerebrais e redes neurais”, explica Wélissa Moura, psiquiatra do Caps (Centros de Atenção Psicossocial).