Policiais militares do 14º Batalhão prenderam, na noite de quarta-feira, 3, uma quadrilha que realizava roubos e sequestravam as vítimas enquanto utilizava seus cartões de crédito ou débito. O grupo era formado por três homens, de 21, 24 e 32 anos; e uma mulher, de 19 anos, e agia nos bairros City Bussocaba, Jaguaré, Butantã, Parque dos Príncipes e Vila São Francisco.
A abordagem aconteceu após os PMs desconfiarem de um táxi Nissan Livina branco enquanto faziam patrulha na região da rodovia Raposo Tavares, na Capital. O carro se envolveu no roubou de um veículo Mitsubishi L200 Triton minutos antes da abordagem. Durante a revista ao Livina os policiais encontraram duas maquininhas de cartão. Questionado sobre os aparelhos a quadrilha confessou que usavam para roubar o dinheiro das vítimas, ou seja, o valor que a quadrilha registrava na máquina era depositado em uma conta relacionada aos assaltantes.
Na delegacia o proprietário do veículo L200 contou que estava na região do Butantã/Rio Pequeno quando dois homens – um deles com revólver – chegaram e tentaram jogá-lo no banco de trás do carro. A vítima conseguiu fugir pelo lado do motorista e entrou em luta corporal com um dos assaltantes. Como a briga chamou atenção dos moradores a dupla deixou a vítima e fugiu. O homem foi pedir ajuda a um táxi Livina que estava na rua no momento do assalto, mas percebeu que o veículo dava apoio à dupla porque seguiu os assaltantes no momento da fuga.
Depoimentos de outras duas vítimas apontam que a abordagem era sempre feita da mesma forma: dois anunciavam o assalto, colocavam o motorista no banco de trás do carro, e andavam com ele até um determinado local. Em seguida, dois homens mantinham a vítima em cárcere enquanto a dupla que realizou o assalto utilizava os cartões.
“Eles eram extremamente violentos, tanto que as vítimas apresentavam lesões por conta dessas agressões”, disse o tenente da PM, Bruno Carvalho. Dentre as agressões estavam coronhadas, socos e até ameaças de morte.
O boletim de ocorrência foi registrado no 89º DP como associação criminosa, roubo com retenção de vítima, sequestro e cárcere privado. (colaborou Maranhão)