A criação da Secretaria da Mulher pelo prefeito reeleito de Osasco, Rogério Lins, já faz com que alguns nomes pipoquem nos bastidores. Um deles é o da advogada Jéssica Scapin. Formada em Direito pelo Unifieo (Centro Universitário Fieo), ela cursou Governo e Política pela Universidade de Virgínia, nos Estados Unidos, e é formada no Módulo Legislativo pelo RenovaBR. Jéssica, que também é líder dos movimentos Acredito, Vamos Juntas e Vote Nelas, é defensora da renovação na política e muito próxima da ala mais jovem no poder, como os deputados federais Tabata Amaral e Felipe Rigoni.
Em sua campanha para vereadora, Jéssica colocou nas ruas o “politicossauro”, um boneco de quase dois metros de altura que ilustrou a necessidade de mudança na Câmara de Osasco, sugerindo ao eleitor que era hora de “trocar” os parlamentares com quase 30 anos de vida pública por jovens lideranças. Uma medida, considerada por ela, saudável à democracia. Defensora da maior representatividade da mulher no poder, a advogada afirma que a eleição de 5 vereadoras para a Câmara de Osasco é um marco na história da cidade, mas o ideal seria 50% das cadeiras, o que representa de 10 a 11 parlamentares. Hoje são 21 vereadores. “Acredito que elas farão um belo trabalho”, afirma.
Para Jéssica, qualquer cargo público exige qualificação, seja para vereador, prefeito ou secretário municipal. Para alguns cargos, ela defende análise de currículo e experiência se a função for muito técnica e, claro, na montagem de equipes de trabalho baseadas também na diversidade. Sobre uma possível sondagem de seu nome para a Secretaria da Mulher, Jéssica mantém silêncio. A advogada afirma apenas que fica muito feliz com a criação da Pasta. “É necessário faz tempo”, diz.
Ela ainda acrescenta: “fico contente por ser um homem a tomar essa decisão porque mostra como é importante termos, além de mulheres, homens na linha de frente ao combate à violência contra mulher e à criação de políticas públicas com recortes de raça, gênero e diversidade. Temos mulheres muito qualificadas na nossa cidade para assumir essa Secretaria. Fico muito feliz também em saber que temos um prefeito que, no seu plano de governo, trouxe esses recortes de uma forma muito clara”, completa se referindo a Rogério Lins.
Mesmo não sendo eleita para Câmara de Vereadores nas eleições deste ano, Jéssica afirma que saiu fortalecida. “Com certeza Jéssica é uma sementinha plantada na política osasquense, na política do estado de São Paulo e na política do Brasil porque política não pode ser feita apenas em época de eleição. E é por isso que sigo fazendo e é por isso que sigo debatendo e construindo a política. Ela precisa ser feita todos os dias e não apenas pelos políticos, por aquelas pessoas que se dizem políticos, ela precisa ser feita todos os dias por todos”, finaliza.
Cinco mulheres na Câmara e mais gente qualificada nos cargos
“Fico extremamente feliz com a eleição de cinco mulheres para a Câmara de Osasco, mas ainda está longe de ser aquilo que eu gostaria, que é justamente a paridade, ter no Legislativo dez a onze cadeiras com representantes mulheres. Hoje são 21 vereadores. Esse é meu sonho, mas com cinco já estou muito feliz. Acredito que elas farão um belo trabalho e a gente vai estar junto nessa construção, levando as nossas pautas para a cidade. Outra coisa que sempre defendi foi a qualificação. A política exige melhor qualificação, inclusive para decidir quem serão as pessoas que vão compor o gabinete de cada vereador. O que eu espero, dessa próxima legislatura, é ter pessoas qualificadas para o que exercem, para o que foram escolhidas ou nomeadas seja na Câmara ou na Prefeitura”
Importância de se criar a Secretaria da Mulher e ter homens nesta luta
“Eu fico muito feliz com a decisão do prefeito Rogério Lins em querer criar a Secretaria da Mulher em Osasco. Também fico muito grata por ser um homem a tomar essa decisão porque é importante também ter homens na linha de frente ao combate à violência contra mulher e também liderando política pública para nossas mulheres. O prefeito também traz, de forma muito clara em seu programa de governo, recortes de raça, gênero e diversidade. Na nossa região e, até mesmo em nível nacional, são poucos os governantes que olhem para essas questões de forma tão clara. Já sobre a quem comandaria a Secretaria da Mulher, acredito que temos, na cidade, mulheres muito qualificadas para o cargo e assumir essa Secretaria vai ser uma posição de muita responsabilidade”.
Uma Jéssica fortalecida para seguir fazendo política em Osasco e no Brasil
“Estas eleições, mesmo não sendo eleita, com certeza, fortaleceu a Jessica. Eu já tinha essa força e sempre foi bem construída. Quando entrei na política, sabia o ônus disso. A política no nosso país tem uma estrutura muito machista. Pensa bem, as mulheres começaram a poder votar há menos de 100 anos. Com certeza Jéssica é uma sementinha plantada na política osasquense, na política do estado de São Paulo e na política do Brasil porque política não pode ser feita apenas em época de eleição. E é por isso que sigo fazendo e é por isso que sigo debatendo e construindo a política. Ela precisa ser feita todos os dias e não apenas pelos políticos, por aquelas pessoas que se dizem políticos, ela precisa ser feita todos os dias por todos”.