O prefeito de Taboão da Serra, José Aprígio da Silva deve disputar o 2° turno das eleições internado. Ele está na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Não há previsão de alta médica. O pleito acontece domingo (27) e o atual prefeito disputa a reeleição contra engenheiro Daniel.
Na sexta-feira (18), por volta das 14h30, Aprígio foi atingido por um tiro que perfurou o vidro blindado do carro em que estava. Os outros três ocupantes do veículo não se feriram.
Todos saíram de um almoço, compromisso de campanha, quando foram seguidos pelo carro onde estavam ao menos duas pessoas, dentre elas o homem preso, no sábado (19), na divisa de Osasco com Barueri: Gilmar de Jesus Santos, de 33 anos.
Quatro identificados
Em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (24), o delegado Daniel Cohen, que conduz as investigações sobre o ataque, disse que existem provas do envolvimento de quatro pessoas no caso.
São elas: Gilmar de Jesus Santos, de 33 anos, preso no sábado (19); Jeferson Ferreira de Souza, que auxiliou na fuga, e mais duas pessoas.
Também participaram da coletiva Hélio Bressan, delegado seccional de Taboão da Serra, e Júlio Guebert, diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro), responsável pela região que envolve a capital e municípios vizinhos.
Guebert disse que a entrevista foi chamada para informar imprensa e à sociedade que não há ainda uma motivação clara para a tentativa de homicídio e que não se descartam hipóteses.
“Não vamos deixar a polícia e seu trabalho serem usados por nenhuma das campanhas”, afirmou Guebert.
Segundo o diretor do Demacro, tanto a campanha do atual prefeito, Aprígio, quanto a de seu concorrente, Engenheiro Daniel, buscam explorar hipóteses na reta final, o que tem movimentado os bastidores da política local.
De acordo com Bressan, não há nada conclusivo sobre qual era o objetivo dos envolvidos no ataque, nem se havia mandantes do crime. Com Gilmar Santos, quando de sua prisão, foram encontrados R$ 7,85 mil em espécie. Em interrogatório, ele negou ter participado do crime e e atribuiu a quantia à venda de um carro.
Os policiais informaram ainda que foi possível identificar diversos detalhes entre a emboscada e a fuga, realizada por um trecho que indicava conhecimento e planejamento, pelos suspeitos, do deslocamento necessário. Jeferson aguardava os dois atacantes e ajudou em sua fuga.
Também há imagens de uma reunião entre os envolvidos, o que pode indicar que foi uma ação planejada. A arma do crime não foi encontrada ou identificada. A Secretaria de Segurança Pública confirmou se tratar de um fuzil.