Nesta quarta-feira, 24, os prefeitos que compõem o Cioeste (Consórcio Intermunicipal da Região Metropolitana de São Paulo) realizaram um encontro virtual para debater novas ações conjuntas em combate ao novo coronavírus. Para tentar agilizar a vacinação contra Covid na região eles decidiram oficializar um pedido de compra da vacina produzida pela farmacêutica Pfizer, com fábrica em Itapevi.
Em entrevista ao Diário, o prefeito de Osasco e presidente do Cioeste, Rogério Lins, explicou a solicitação. “Vamos judicialmente pedir ao Tribunal de Justiça autorização para que possamos fazer a compra direta. Parece que ainda tem uma regulamentação em curso e, se aprovada, e caso conseguirmos comprar as vacinas, vamos conseguir acelerar grupos que no nosso entendimento são prioritários, dentre eles os profissionais da educação. Obviamente não vamos conseguir comprar para imunizar toda a população agora”.
Na terça-feira, 23, conforme publicado no site de notícias uol.com.br, todos os ministros do STF votaram a favor de manter a liminar do ministro Ricardo Lewandowski que permite a estados e municípios a compra de vacinas internacionais mesmo que os imunizantes ainda não tenham registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A liminar (decisão provisória) de Lewandowski foi emitida em dezembro.
No entendimento do ministro, estados e municípios podem importar e distribuir vacinas caso a Anvisa não dê aval, em 72 horas, após solicitação dos laboratórios responsáveis pelos fármacos. O ministro destaca em sua decisão que isso vale para “imunizantes que tenham registro (aprovação para uso em larga escala) em entidades sanitárias de renome”.
Segundo Lins, Osasco foi uma das primeiras cidades do Brasil a protocolar, no Instituto Butantan, a compra direta de vacina. “Entendíamos que, em algum momento, nós teríamos essa autorização”.
Fazem parte do Cioeste os municípios de Osasco, Barueri, Carapicuíba, Itapevi, Jandira, Santana de Parnaíba, Pirapora do Bom Jesus, Cotia, Araçariguama, Cajamar e Vargem Grande Paulista.