Foi na sessão ordinária dessa terça-feira (24), na Câmara Municipal de Barueri, que o vereador Keu Oliveira (PTB) aproveitou seu momento na tribuna para desabafar sobre seu medo da ditadura militar e criticou as pessoas que pedem a volta do regime no Brasil.

“Aqueles que querem um golpe militar fazendo convocações desesperadas para destituir o Congresso. É muito ruim viver uma situação dessa no nosso país. Nas redes sociais existe convocação para o dia 7 de setembro. Tem convocação até de milícia armada”, disse.

Diversos simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro estão se organizando para ato pró-Bolsonaro e contra STF (Supremo Tribunal Federal) na Avenida Paulista no dia em que se comemora a Independência do Brasil.

Para Keu, os brasileiros precisam valorizar a liberdade de expressão que a democracia proporciona. “A gente precisa falar sobre a democracia e pedir o bom senso de todos para nunca colocar o nosso povo em conflito contra o nosso próprio povo. Gostaria que todos tivessem o entendimento de nunca viver uma intervenção militar. Nunca vivi a ditadura, mas nunca me falaram que foi bom e tem um legado. Vivemos num país onde podemos ter a nossa liberdade. Se montasse a ditadura, aqueles que pedem uma ditadura não vão aguentar duas lapadas de verdade que já vão começar a gritar. Esses que pedem não vão aguentar não. Lógico que eu tenho medo de arma, de uma milícia armada. Você não pode falar mal do presidente, senão o cara te enquadra com uma pistola na cara, te dá um tapa e fala: ‘reage vagabundo’. E daí você vai falar o quê? É baixar a cabeça e apanhar”, completou.

Keu também criticou o atual governo e ressaltou que o momento vivido pelo Brasil não é ideal para esse tipo de manifestação. “Hoje as pessoa estão se programando pra fazer arruaça nas ruas no dia 7 de setembro e não estão vendo que as pessoas tem fome e estão com muita dificuldade de colocar o alimento dentro de casa. Para um pobre hoje comprar um quilo de carne tá muito difícil. Alguns itens subiram 75% só neste ano. Quanto subiu o salário mínimo? Nada. Peço a Deus que as coisas voltem à normalidade para que as pessoas tenham dignidade e voltem a comer”.