Não vai ser dessa vez que o voto impresso retornará para a vida dos eleitores brasileiros. Nesta terça-feira (10) a Câmara dos Deputados decidiu por rejeitar e arquivar a proposta de emenda à Constituição (PEC) que propunha o voto impresso em eleições, plebiscitos e referendos.
Para ser aprovada, a PEC precisava de, no mínimo, 308 votos, mas apenas 229 deputados votaram a favor. Outros 218 deputados votaram contra a PEC, um parlamentar se absteve e 64 estavam ausentes durante a votação. Ao todo, 448 votos foram computados.
Dos três deputados com base eleitoral na região, apenas Renata Abreu (Podemos), votou a favor do voto impresso e seguiu a ideia defendida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Alexandre Frota (PSDB) votou contra a PEC e Bruna Furlan (PSDB) estava ausente na votação.
Com isso, o texto será arquivado e o formato atual de votação e apuração deve ser mantido nas eleições de 2022. O projeto propunha a inclusão de um parágrafo na Constituição para definir a obrigatoriedade da expedição de cédulas físicas conferidas pelo eleitor nos processos de votação das eleições, dos plebiscitos e referendos.
A impressão do voto depositado na urna eletrônica é defendida por Bolsonaro, que tem acusado ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de interferir no debate e, em diversas oportunidades, ameaçou com a não realização das eleições em 2022 caso não fosse aprovada a matéria. (com g1.com.br)