Até 2030, a RZK Empreendimentos deve concluir o maior condomínio do país, o Reserva Raposo, na altura do km 17 da rodovia Raposo Tavares, próximo à divisa de Osasco com São Paulo. Serão 124 torres, em uma área total de 450 mil m², com 22 mil apartamentos e projeção de 80 mil moradores. Até agora foram entregues apenas 4.490 unidades.
Quando estiver concluído, o Reserva Raposo terá mais habitantes que a população de 5.147 municípios brasileiros, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas).
Os números impressionam e preocupam. O condomínio deve injetar um número elevado de carros no trecho mais congestionado da Raposo Tavares que é na chegada à Capital. O impacto no trânsito deve afetar a rodovia nos dois sentidos e ampliar sensivelmente os congestionamentos.
O empreendimento integra áreas residenciais, comerciais e de lazer, funcionando como uma verdadeira “cidade dentro da cidade”. Escolas, unidades de saúde, terminal de ônibus, biblioteca, áreas de lazer e ciclovias fazem parte do complexo, reduzindo a necessidade de grandes deslocamentos. A medida ajuda, mas não irá evitar o trânsito dos trabalhadores que se deslocam ate São Paulo e nos municípios do entorno.
O governo do estado concedeu a Raposo Tavares para a iniciativa privada, entre São Paulo e Cotia, onde uma série de obras, inclusive abertura de marginais à via expressa, devem ser realizadas até 2032, se o cronograma não tiver atraso, o que deve ser impossível porque na chegada à Capital será necessário desapropriação de imóveis para realização das obras.
Alguns motoristas ouvidos pela reportagem, acreditam que a situação na rodovia, na chegada à Capital, promete ficar ainda mais caótica nos próximos anos.