A equipe de investigadores da delegada titular do 1° DP de Barueri, Izabel Cristina Ferraz, prendeu temporariamente, por 30 dias, um segurança da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) sob suspeita de ser o assassino da ex-namorada, uma enfermeira que trabalhava no Pronto Socorro no Parque dos Camargos, em Barueri.
O crime aconteceu na tarde de sexta-feira (26), na rua Casablanca, no Vale do Sol. A filha da enfermeira encontrou o corpo da mãe caído na cozinha e coberto com um pano.
Os pés e mãos da mulher estavam amarrados e um pano enrolado no pescoço. O rosto ficou desfigurado pela agressividade dos golpes na cabeça. O laudo da causa morte deve sair em um mês.
Como percebeu que pudesse ser sua mãe, porque um pedaço do vestido estava aparente e ela reconheceu a roupa, a garota de 17 anos chamou o pai, que mora em outra casa desde que ele se separou da enfermeira no ano passado.
A enfermeira estava em um outro relacionamento. Com o ex-esposo, ela tem dois filhos, uma menina de 17 anos e um garoto de 10.
A enfermeira tinha medo do segurança contra quem havia registrado queixa por violência doméstica, mas desistiu porque ele alegou que perderia o emprego na CPTM.
Após o feminicídio, o homem se escondeu em uma residência em Pirapora do Bom Jesus, onde reside uma senhora que ele tem como “mãe por consideração”. A idosa não sabia do assassinato. Desde sábado, o segurança não comparece ao trabalho e não foi visto em sua residência em Barueri.
Imagens de câmeras de monitoramento eletrônico levantadas pelo investigador chefe do 1° DP, Alexandre Graciano, com auxílio dos policiais civis Cristiano Simões Oikawa e Amanda Laura Ibiapino, permitiram colocar o rapaz no local do crime.
Vídeos mostram que o segurança chegou à casa da enfermeira por volta das 14h e saiu às 18h. Logo após, a.filha dela chega e encontra a mãe morta.
Com mandados de busca e apreensão, a polícia conseguiu chegar ao endereço onde ele estava em Pirapora. De acordo com a investigação, o segurança não aceitava o fim do relacionamento e planejou todo o crime.
Familiares e amigos da enfermeira cercaram a viatura da Polícia Civil para tentar agredir o segurança quando ele deixava a delegacia para fazer exame de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal). A delegada acredita que em trinta dias o inquérito seja concluído e ele indiciado já que as provas são robustas.