Nesta terça-feira (2), o Sistema Cantareira operava com 48,3% de sua capacidade. No mesmo dia de 2013, o índice era de 57%. No ano passado, a situação era um pouco melhor. Em 28 de fevereiro de 2020, o reservatório tinha 58,7%. Os dados são da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
O Cantareira é o maior reservatório de água da região metropolitana e abastece cerca de 7,5 milhões de pessoas por dia, 46% da população da região metropolitana de São Paulo, segundo a Agência Nacional de Águas, órgão que regulamenta o setor.
Em julho de 2014, quando houve a crise hídrica, o Sistema Cantareira chegou a zero. Abaixo dele, havia o volume morto, que não foi projetado, originalmente, para uso.
Trata-se de uma reserva com 480 bilhões de litros de água situada abaixo das comportas das represas do Cantareira. A Sabesp passou a operar bombeando água do volume morto. Até então, essa água nunca tinha sido usada para atender a população.
Nesta semana, o volume total armazenado no conjunto de todos reservatórios da região era de 57,1%. Em 2013, era de 62,8%. Em 2020 a capacidade era de 74,7%, ou seja, 17,6 pontos percentuais maior do que este ano.
O problema é que tem chovido menos neste verão, justamente a época em que o Sistema Cantareira precisa de chuvas para armazenar volume suficiente para atravessar os meses de seca, quando se chove menos.