O soldado do Exército Valdir de Oliveira Franco Filho afirma ter sido agredido, dentro do Quartel de Barueri, após perder a fivela do cinto do uniforme. O caso ocorreu em 10 de março e foi registrado um boletim de ocorrência.
Segundo a defesa, o jovem está em casa, acamado e apresenta sequelas físicas. Não consegue andar. Se locomove em cadeira de rodas devido a fraqueza nas pernas.
Militar diz que foi levado a sala escura, forçado a fazer flexões e agredido com chutes após informar perda da fivela.
O jovem relatou à polícia que, mesmo após as agressões e com dores intensas na cabeça, foi obrigado a retornar ao treinamento físico naquele dia.
O soldado foi levado ao Hospital Municipal de Barueri (Sameb). Após o atendimento, foi obrigado a comer em apenas três minutos.
Ao passar mal, vomitar sangue e retornar ao hospital, recebeu recomendação médica de três dias de repouso, o que, segundo ele, não foi respeitado pelo Quartel.
O Exército enviou duas notas sobre o caso. Na primeira afirmou que o caso está sendo apurado. Na segunda versão, disse que, “até o momento, não há qualquer indício de ocorrência de crime no interior daquela Organização Militar”.
“Tenho a dizer que meu cliente viveu dias de tortura no alojamento do Exército, para o qual se apresentou para cumprir um dever cívico. Sofreu agressões físicas e psicológicas que deixaram sequelas para o resto da vida”, afirmou Eduardo Lemos Barbosa, advogado do soldado.