O boxeador osasquense, Abner Teixeira, estreou com vitória nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Ele enfrentou, na terça-feira (27), o britânico Cheavon Clarke pelas oitavas de final da categoria peso pesado e venceu o combate por decisão dividida dos árbitros.
Já nesta sexta-feira (30), às 7h30 (horário de Brasília), o boxeador enfrenta o jordaniano Hussein Iashaih, pelas quartas de final da categoria peso-pesado. Caso vença, Abner se classifica para a semifinal e já garante uma medalha de bronze.
Para Lino Barros, Abner pode ir além. “Eu conheço o Abner, ele é um lutador muito bom, muito técnico. Tem chances reais de medalha de ouro. O Brasil está com uma equipe muito experiente”, disse o ex-pugilista, medalha de prata no Pan-Americano de 1999 e que defendeu Osasco em diversos Jogos Abertos e Jogos Regionais.
A trajetória de Abner Teixeira se confunde com a de milhares de jovens espalhados pelo Brasil. Nascido em família pobre, em Osasco e sem condições de ter uma vida tranquila, ele encontrou no boxe uma alternativa para dar a volta por cima e mudar o destino com as próprias forças.
Quando se mudou para Sorocaba ele conheceu o projeto social “Boxe – Mãos para o Futuro”, do professor Vladimir Godoi, quando começou a levar mais a sério o esporte. “Quero fazer educação física e quem sabe um dia ter um projeto, ter algo parecido com o que salvou a minha vida”, falou Abner em entrevista ao globoesporte.com, pouco antes de embarcar para Tóquio.
Porém, seu primeiro contato com as luvas foi ainda em sua cidade natal, como explicou Lino Barros. “Foi o Luis Carlos, em Osasco ainda, que deu os primeiros treinos para o Abner, antes dele ir para Sorocaba e começar a treinar com o Godoi”.
“Meus objetivos no momento são: ser campeão olímpico, campeão mundial, que também será este ano e construir uma casa pra minha mãe”, falou Teixeira, que além de ser campeão no ringue também é um campeão na vida.