O vereador Bruno Marino (Podemos), de Carapicuíba, defendeu a Prefeitura das acusações de que o valor de R$ 200 mil de emenda Pix destinada pela deputada federal Ely Santos ao município para compra de um castramóvel está na conta da Prefeitura e que não houve desvio de finalidade, como relatado pela vereadora Vanessa Maia (PSDB) na sessão ordinária da semana passada.
“A gestão foi atacada dizendo que veio o recurso e teve desvio de finalidade. É mentira. Inclusive o pessoal da Câmara já distribuiu para cada vereador o andamento desta emenda. Ela foi destinada para cidade de Carapicuíba, está na conta da Prefeitura, está aplicado, inclusive o valor teve até um rendimento”, afirmou o parlamentar na tribuna durante sessão ordinária desta terça-feira (8), na Câmara Municipal.
Conforme o extrato bancário que o Diário da Região teve acesso, o valor da emenda estaria em R$ 205.909,30, ou seja, com quase R$ 6 mil a mais do que o montante destinado. Bruno Marino explicou que foi “aberta uma conta específica para o recebimento da emenda”.
O estopim
Na terça-feira passada, dia 1º, durante sessão da Câmara Municipal, Vanessa Maia usou a tribuna para comunicar que a verba destinada para a compra de um castramóvel foi usada em infraestrutura. O que configura desvio de finalidade. “Eu descobri que o recurso foi usado para infraestrutura e não para comprar castramóvel. Só tem a informação que foi usado para reurbanização, não tem mais nenhuma outra informação”, criticou durante a sessão.
Uma semana depois, o jornal Metrópoles trouxe a denúncia do “paraíso Carapicuíba” no destino deste tipo de emenda parlamentar. Ao todo, a cidade já recebeu R$ 157 milhões dessas emendas desde 2020, mas nem mesmo parte dos parlamentares que destinaram os recursos sabem onde foi parar o dinheiro.
Isso porque a cidade apresenta várias falhas na prestação de contas, o que é criticado por políticos e até pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).
A explosão de emendas Pix para Carapicuíba aconteceu na gestão do ex-prefeito Marcos Neves (PSDB). Atualmente, quem assumiu foi o nome apoiado por ele: professor José Roberto (PSD).