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Vereadores de Osasco querem detector de metais nas portas das escolas

Divulgação

Da redação     -
04 de abril de 2023

Os vereadores Carmônio Bastos (Podemos) e Ralfi Silva (Republicanos) protocolaram na Câmara Municipal de Osasco o Projeto de Lei nº 28/2023 pedindo que a prefeitura instale detectores de metais nas escolas da rede pública municipal.

Pedido aconteceu após um garoto de 13 anos esfaquear quatro professoras e um aluno na manhã do último dia 27 de março dentro da Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, na Capital. Uma das professoras, Elisabete Tenreiro, de 71 anos, teve uma parada cardíaca e morreu no Hospital Universitário da USP. na Capital.

“Eu e o presidente Carmônio não ficaremos omissos em relação a esta questão e, por isso, estamos pedindo a instalação de detectores de metais como há em Chapecó (SC). Não dá para esperar, é uma medida necessária”, destacou Ralfi ao reforçar que também houve polêmica, na época, em que o uso do cinto de segurança e das cadeirinhas para crianças se tornou obrigatório.

A cidade catarinense instalou, neste ano, detectores de metais em cinco escolas da rede municipal. Até o final do ano, mais 12 devem ser instaladas. O projeto surgiu após a chacina na creche em Saudades, com três crianças com menos de 2 anos como vítimas fatais, além de uma professora de educação infantil e uma agente educacional.

Juliana pede psicólogos nas escolas

A instalação de detectores de metais não é unanimidade. Alguns vereadores acreditam que é preciso um debate mais amplo. “A gente precisa buscar alternativas para atrair os jovens. Criamos uma situação difícil e apenas colocar detector de metais não é a solução. Precisamos investir nos jovens: a educação é tudo. Precisamos debater mais esse assunto”, disse Pelé da Cândida (MDB).

Juliana da Ativoz (PSOL) justificou seu posicionamento com uma frase de Darci Ribeiro — antropólogo, historiador, sociólogo, escritor e político brasileiro, falecido em 1997, que afirmava que a educação nunca foi tratada como prioridade.

“A educação precisa ser priorizada. As escolas estão sem psicólogos, mas quando teve, foi somente no papel. A gente sabe quando a criança precisa de atenção diferenciada. A gente não tem de colocar detector de metais; a gente precisa olhar para a criança, para a educação. Não se tratam de problemas individuais. É um problema social”, declarou Juliana.