O depoimento do morador de um prédio, em Cotia, que atirou seis vezes contra o síndico, foi controverso. Na delegacia, o acusado nega que tenha tentado matar o síndico, diz que não tem ideia de como a arma do crime foi parar em seu veículo e ainda se recusou a fazer o exame residuográfico.
Segundo o atirador, a lei o protege e ele não é obrigado a produzir provas contra si. A arma de fogo encontrada no interior de automóvel consta como cadastrada no Ministério do Exército.
Apesar de não ser 100% confiável, o exame residuográfico procura vestígios de metais, como chumbo e cobre, nas mãos e roupas de uma pessoa. A presença desses resíduos pode indicar o uso recente de uma arma de fogo por parte da pessoa examinada.
Vídeos que circularam nas redes sociais e estão com a Polícia Civil mostram outra realidade dos fatos.
De acordo com o boletim de ocorrência, nas imagens é possível ver “com clareza a tentativa espúria do indiciado em ceifar a vida da vítima atirando deliberadamente do interior de seu veículo em plena via pública, retornando ao sítio dos fatos na contra mão, para checar seu intento quando se deparou com policiais e empreendeu fuga.”
O atirador reconheceu que tem uma relação conflituosa com o síndico. Ele não mora mais no prédio e informou que se mudou do condomínio logo após se separar da mulher.
Na quinta-feira (23), por volta das 14h, na rua Topázio, próximo à Etec (Escola Técnica), em Cotia, o síndico estacionou o carro em frente a uma loja. Um outro automóvel parou ao lado, um homem desceu e disparou seis vezes. As pessoas começaram a correr e gritar. O atirador fugiu sentido Delegacia da Mulher e acabou preso no km 32, da rodovia Raposo Tavares, próximo ao antigo hipermercado extra.