A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta quarta-feira (28) a importação de matéria-prima para produção de 40 milhões de doses da CoronaVac, vacina chinesa que deverá ser produzida pelo Instituto Butantan, em São Paulo. Na semana passada, a Anvisa já tinha liberado a importação de 6 milhões de doses da CoronaVac, que já virão envasadas e prontas para o uso.
A CoronaVac está atualmente na terceira fase de testes. A Sinovac, farmacêutica chinesa responsável pela vacina, ainda não obteve o registro para aplicação do imunizante no Brasil, que não pode ser utilizado na população. Até momento, apenas dados parciais referentes à segurança da vacina foram apresentados pelo governo de São Paulo, mas eles não foram publicados em revistas científicas.
O Butantan solicitou em 18 de setembro a autorização excepcional para importação da matéria-prima. A Anvisa negou demora e disse que seguiu o trâmite normal de avaliação do pedido. Na quarta-feira (21) o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o diretor do Butantan, Dimas Covas, tiveram reunião com o presidente da Anvisa e outros diretores da agência. Após a reunião, Doria publicou nas redes sociais que, depois do encontro, saíram “ainda mais confiantes e esperançosos com a capacidade técnica e científica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária”.
Em entrevista à TV Globo, Dimas Covas afirmou que pode ocorrer um atraso de até 15 dias no cronograma do governo estadual, e que as vacinas podem não “estar prontas exatamente em dezembro, como havia anunciado, mas em começo ou meados de janeiro”. (com g1.com.br)