Pode até parecer uma brincadeira inocente. Mas as pipas, quando enroscam na fiação da rede elétrica, causam um grande prejuízo. Na região, somente nas cidades de Osasco e Carapicuíba, esse tipo de acidente causo quase 2 mil horas de apagões de janeiro a novembro deste ano. Em Osasco, foram 1100 horas de interrupção no fornecimento de energia elétrica. Em 133 episódios, os consumidores ficaram, em média, 4 minutos sem luz em casa.
Já em Carapicuíba, foram outras 820 horas, distribuídas em 111 ocorrências e com apagões médios de 5 minutos. Os dados são da Enel e apontam que, em número de casos de interrupção, as duas cidades só perdem da Capital, com 2,361 mil ocorrências (62% do total). Ainda em Osasco, as ocorrências com pipas na rede elétrica aumentaram 87,3% de janeiro a novembro desse ano em relação a igual período do ano passado, enquanto em Carapicuíba a alta foi de 40,5% na mesma base de comparação.
Em toda sua área de concessão, a companhia apurou 3375 ocorrências relacionadas a pipa, aumento de 50,8% em relação aos 2238 casos verificados em igual período de 2019. Segundo a Enel, o maior número de ocorrências ocorreu entre os meses de maio e julho, período que coincide com o avanço da pandemia do novo coronavírus e do isolamento social, seguido pelo mês de janeiro, marcado por férias escolares.
Com relação ao tempo de interrupção, os dados mostram que, de janeiro a novembro de 2019, estas ocorrências deixaram os clientes sem energia por mais de 18 mil horas. Na mesma época deste ano, o tempo total de interrupção subiu 133%, totalizando 42 mil horas. Já a duração média de interrupção por cliente em igual intervalo de comparação subiu 27%, passando de quase 6 minutos para pouco mais de 7 minutos.
Com a chegada das férias escolares, a concessionária alerta ainda que a prática de empinar pipas sem os devidos cuidados pode provocar acidentes graves e, em algumas circunstâncias até fatais, além de ocasionar danos à rede elétrica.