A morte do jovem Higor Gabriel Assunção Alves, na tarde do último domingo (20), vítima de uma linha cortante gerou indignação e debate na Câmara Municipal. O acidente ocorreu na Avenida Flora, no Jardim Jaguaribe. O vereador Paulo Júnior (PP) apresentou uma moção de apelo solicitando à prefeitura uma fiscalização mais rigorosa. “Um jovem de apenas 21 anos perdeu a vida ao trafegar de moto pela Avenida Flora, foi vítima de uma linha com cerol. Precisamos de uma fiscalização mais rigorosa”, alertou.
“Hoje é um perigo o uso das linhas cortantes. É muita irresponsabilidade de quem vende esse tipo de linha, inclusive para crianças. É preciso apertar a fiscalização”, completou Délbio Teruel (DEM).
O vereador Emerson Osasco (Rede) também desabafou e disse que, recentemente, seu irmão foi vítima de uma linha cortante e só não sofreu ferimentos graves porque usava uma roupa mais reforçada. “Eu soltava pipas, sempre via na TV casos de vítimas. Mas agora essas linhas estão ficando cada vez mais potencializadas e aumentam os riscos de morte. Meu irmão passou por acidente semelhante, mas ele usava uma roupa reforçada e por três centímetros não pegou a jugular”.
Durante a sessão o vereador Josias da Juco (PSD) lembrou que já existem leis municipais que proíbem o uso de linhas cortantes: a Lei 4459/2010, de autoria do ex-vereador Fábio Yamato, e Lei 3383/1997, do ex-vereador Cláudio Piteri. Segundo dados da Associação Brasileira de Motociclistas (ABRAM), centenas de acidentes por ano com motos são provocados por essas linhas, sendo que 50% causam ferimentos graves e 25% são fatais.