O nome do vereador que foi expulso de creche após fazer “barraco” foi revelado na sessão ordinária da Câmara de Osasco nesta terça-feira (18). O caso surgiu após o Sintrasp (Sindicato dos Trabalhadores em Serviço Público) usar as suas redes sociais para repudiar o comportamento agressivo, de um vereador de Osasco, com funcionários da EMEF Deputado Alfredo Farhat.
No final da sessão, o vereador Ribamar Silva (PSD) comentou sobre o assunto dizendo que era importante o Sintrasp revelar o nome do vereador. “O Sindicato lançou uma nota e eu queria que o Sindicato falasse quem é o vereador porque não revelar acaba expondo todos os parlamentares dessa Casa e isso não é legal. Eu fui questionado nas redes sociais porque as pessoas queriam saber se era eu. A pergunta que não quer calar é: quem é o vereador?”, comentou o vice-presidente da Câmara.
Após Ribamar tocar no assunto, outros vereadores também se pronunciaram, dentre eles Batista Comunidade (Avante), que aproveitou para revelar o nome do parlamentar que, segundo o Sintrasp, cometeu o desacato contra os funcionários da creche.
“Vamos parar de hipocrisia porque todo mundo sabe o que está acontecendo. O vereador é o Ralfi Silva, todo mundo sabe. Acho que tem que dar oportunidade para o vereador se explicar, assim como o Sindicato também não poderia ter postado. Eu já fui maltratado em vários departamentos da prefeitura e sempre mantive a postura. Então não podemos ficar com esse diz que me diz e esclarecer logo. Todo mundo aqui é responsável e vamos que vamos que a cidade não pode parar”, disparou Batista.
Ribamar retrucou dizendo que “ninguém estava com hipocrisia”. “Se o Sindicato se posicionou à vossa excelência, a gente respeita, mas esperamos o Sindicato falar quem foi o vereador porque onde eu vi não tinha o nome”, completou.
Vereadores repudiaram ato de vereador
Antes de Batista revelar que o vereador em questão era o Ralfi, outros parlamentares de Osasco repudiaram o ato contra os funcionários da creche.
“Quando eu fiquei sabendo eu fiquei em choque. Um professor da escola me procurou desesperado falando que os funcionários estavam indignados com o que tinha acontecido. Precisa ser informado quem foi que cometeu esse crime de desacato que seja apurado e responsabilizado”, enfatizou Juliana da AtivOz (Psol).
Elsa Oliveira, do Podemos, ressaltou a gravidade do fato e sugeriu que a escola registrasse um Boletim de Ocorrência. “Não cabe e nenhum vereador desta Casa ir até uma escola e ter esse tipo de comportamento. Não estou aqui para julgar parlamentar ou escola. O que a gente tem que fazer é apurar. A escola tem que fazer um Boletim de Ocorrência para que conste lá o nome do vereador e aí o vereador se retratar nessa Casa porque está expondo todos os colegas daqui. Não é justo que todos sejam expostos sem que os nomes aos bois não sejam dados. O BO acabaria com tudo isso e os fatos seriam apurados”, disparou.
Délbio Teruel (União Brasil) também se pronunciou e deixou um recado nas entrelinhas para o Ralfi, sem citar seu nome. “Eu quero dizer aqui que eu geralmente costumo dizer olhando olho no olho, falando diretamente, então vou esperar os 25 dias pra poder fazer isso”, declarou.
Na sessão, a Mesa Diretora leu um Requerimento, assinado por Ralfi Silva, onde ele apresentava um atestado médico e solicitava seu afastamento temporário das atividades da Câmara. A licença é de 25 dias. O documento foi datado no dia 14 de abril. Após o término da sessão ordinária os parlamentares iriam se reunir com o Sintrasp para esclarecer a situação.
