Para o próximo ano, 302 escolas do estado de São Paulo devem aderir o modelo cívico-militar, proposto pelo governador Tarcísio de Freitas.
Na região, 15 escolas estaduais já confirmaram o interesse em aderirem ao programa. A Secretaria da Educação vai escolher o policial da reserva que será destinado a determinada escola.
Em Cotia, o modelo de escola cívica-militar será implantado na E.E. Deputada Conceição da Costa Neves (Jardim Rio das Pedras).
Em Barueri duas unidades foram indicadas: EE Professor Lenio Vieira de Moraes (Jardim Silveira) e EE Professora Myrthes Therezinha Assad Villela (Centro).
A cidade de Carapicuíba também escolheu duas: EE Deputado Jorge Salomão (Cidade Ariston) e EE Basílio Bosniac (Vila Silviania)
Serão duas também em Osasco: EE Rosa Bonfiglioli (Jardim D’abril) e EE Professor Gastão Ramos (Jardim Três Montanhas)
Em Jandira o modelo deve ser implantado na escola EE Dorvalino Teixeira (Vila Santo Antonio). Já em Vargem Grande Paulista o programa será introduzido na escola EE Valencio Soares Rodrigues (Jardim Betania). A escola EE Doutor Eduardo Vaz, no Jardim Silvia, em Embu das Artes, também está na lista.
A cidade de Itapecerica da Serra é a que mais vai receber o modelo cívico-militar. Serão quatro no total: EE Julia de Castro Carneiro (Jardim Santa Júlia), EE Jardim do Carmo (Jardim do Edem), EE Professora Natercia Carmo (Parque Jandaia) e EE Professora Leda Ferreira (Jardim Paraíso).
Entenda o programa de escolas cívico-militar
De acordo com o governo estadual, a criação do Programa Escola Cívico-Militar tem como objetivos a melhoria da qualidade do ensino com aferição pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), o enfrentamento à violência e a promoção da cultura de paz no ambiente escolar.
O projeto será direcionado a escolas com índices de rendimento inferiores à média estadual, atrelados a taxas de vulnerabilidade social e fluxo escolar – aprovação, reprovação e abandono.
As escolas cívico-militares poderão ser implantadas em prédios escolares já existentes ou a serem construídos. Além das escolas estaduais, unidades municipais de ensino também poderão aderir à iniciativa do Governo do Estado.
Ainda conforme o Estado, o programa não exclui nenhum outro programa da Secretaria da Educação em andamento nas escolas. A proposta é complementar as ações pedagógicas da pasta e compartilhar com os estudantes valores como civismo, dedicação, excelência, honestidade e respeito.
A Secretaria da Educação será responsável pelo currículo das escolas cívico-militares, formação de professores e adequação dos prédios.
Já a Secretaria da Segurança Pública vai indicar policiais militares da reserva que atuarão como monitores nas unidades de ensino, desenvolvimento de atividades extracurriculares na modalidade cívico-militar, organização e segurança escolar.
O processo seletivo dos policiais militares da reserva – ao menos um por escola – que atuarão como monitores será feito pela Secretaria da Educação.
Policiais da reserva vão ganhar mais que professores
O projeto que cria escolas cívico-militares no estado de São Paulo prevê rendimentos de mais de R$ 6 mil para jornadas de 40 horas semanais aos professores (leia-se monitores) ligados à Polícia Militar.
Segundo o texto votado pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, os valores aumentam em 50%, podendo chegar a mais de R$ 9 mil, para coordenadores ou oficiais. Há ainda a previsão de pagamentos menores, caso os policiais militares trabalhem frações dessa jornada.
Os valores são maiores do que os salários recebidos por parte dos professores da rede pública estadual. Na última seleção de professores temporários, foram anunciados salários de R$ 5,3 mil para jornadas de 40 horas semanais e R$ 3,3 mil para 25 horas. Os temporários representam quase 60% do quadro total de educadores da rede estadual. Mesmo entre os professores do quadro permanente, os salários de R$ 9 mil ou mais são pagos apenas a uma pequena minoria.