No último dia 8 uma mulher grávida morreu vítima de uma bala perdida durante operação da Polícia Militar em uma comunidade do Rio de Janeiro. Embora a morte tenha sido na capital carioca, o assuntou chegou nesta terça-feira (15) à Câmara de Osasco.
O vereador Emerson Osasco (Rede) apresentou moção de pesar pela morte de Kathlen Romeu, de 24 anos, e seu filho, que estava no quarto mês de gestação. “É uma moção de pesar que a gente jamais deveria fazer. Ela se trata de uma mulher. De uma mãe que estava grávida. Ela foi assassinada e seu filho que estava sendo gerado e tinha apenas quatro meses foi assassinado junto. Ela era uma mulher preta e que morava em uma comunidade vulnerável e carente do Rio de Janeiro. Os seus sonhos foram interrompidos por uma bala perdida. Engraçado que de perdida não tem nada porque, infelizmente, essas balas só acertam CEPs das periferias, dos lugares carentes e dos lugares com pouca infraestrutura. Inadmissível que essa mulher e essa criança tenham sido assassinados dentro de casa por uma política genocida”, desabafou na tribuna.
Emerson ainda criticou a polícia carioca. “É inaceitável que a política de segurança pública genocida do Rio de Janeiro continue ceifando vidas, e o Rio de Janeiro também não é o único com essa política genocida. Em todos os estados encontramos esse tipo de política. É preciso acabar com a impunidade dos agentes públicos responsáveis por essa operação que, inclusive, desrespeita uma decisão do Supremo Tribunal Federal que proíbe, em plena pandemia, que seja feita esse tipo de incursão”.
O parlamentar osasquense ainda fez um apelo. “Assassinaram uma mãe grávida. Assassinaram um bebê. Assassinaram o futuro de uma mãe e de uma criança e condenaram uma família inteira a dor e sofrimento eterno. Basta de assassinado do povo preto e periférico do nosso país”, finalizou.