Nesta sexta-feira (27), o Sistema Cantareira operava com 37,5% de sua capacidade, número que desperta preocupação quando o assunto é abastecimento de água, isso porque esse percentual já é considerado ‘estado de alerta’, quando o reservatório atinge volumes entre 30% e 39,9%. Para ser considerado normal, o volume tem de estar com pelo menos 60% de sua capacidade, segundo a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).
A situação do Cantareira é a pior se comparada com os demais reservatórios: Alto Tietê está com 44,8% de sua capacidade; Guarapiranga, com 48,5%; Alto Cotia, com 57,5%; e o Rio Claro, com 41,8%. Já o São Lourenço tem capacidade de 54,3%. A melhor situação é a apresentada pelo sistema Rio Grande, que opera com mais de 69%. O Cantareira é o maior reservatório de água da região metropolitana e abastece cerca de 7,5 milhões de pessoas por dia, 46% da população da região metropolitana de São Paulo, segundo a Agência Nacional de Águas, órgão que regulamenta o setor.
Em julho de 2014, quando houve a crise hídrica, o Sistema Cantareira chegou a zero. Abaixo dele, havia o volume morto, que não foi projetado, originalmente, para uso. Trata-se de uma reserva com 480 bilhões de litros de água situada abaixo das comportas das represas do Cantareira. A Sabesp passou a operar bombeando água do volume morto. Até então, essa água nunca tinha sido usada para atender a população.