Ex-secretário de Esportes e vereador eleito para seu primeiro mandato na Câmara Municipal de Osasco, Carmônio Bastos (Podemos) defende que cada parlamentar tenha apenas oito anos na Casa legislativa. Ou seja, o parlamentar pode ser reeleito apenas uma vez. Caso queria voltar a ocupar uma cadeira na Câmara terá que esperar quatro anos para se candidatar novamente.
“Acho que a alternância de poder é essencial em qualquer circunstância. Acredito que com dois mandatos você tem que dar oportunidade para outras pessoas que almejam. Daí o vereador que acaba disputando reeleição acaba sendo até uma concorrência um pouco desleal com quem tá vindo pela primeira vez como eu vim nessa eleição de 2020. E se você faz dois mandatos com excelência e depois fica uma legislatura fora com certeza você vai ser eleito se você pleitear novamente 4 anos depois. Acho que a alternância de poder é sempre bem-vinda. Tudo na vida tem vícios e quando a coisa começa a ficar viciosa pode trazer problemas”, explicou em entrevista ao Diário.
Carmônio não é o único vereador dessa nova legislatura a defender um limite de mandato para parlamentares em Osasco. Zé Carlos do Santa Maria (Patriotas), também eleito pela primeira vez em 2020 depois de quatro tentativas, já anunciou que defende o limite de até três mandatos para que cada um possa mostrar seu trabalho. A justificativa é a mesma: “Para que possa sempre haver renovação”.
O resultado das urnas, em novembro do ano passado, resultou em uma renovação de mais de 50% no legislativo osasquense. Dos 21 vereadores, 11 são de primeiro mandato, 10 foram reeleitos e três não concorreram. Dentre as figuras carimbadas que não fazem mais parte da Câmara estão Mário Luiz Guide (PSB), que ficou na Casa por 32 anos; Jair Assaf (Pros), vereador por sete mandatos; Antônio Toniolo (PCdoB), vereador desde 1992; e Didi (PSDB), vereador por seis legislaturas.