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Carmônio quer ecocardiograma fetal na rede pública de Osasco

Ricardo Migliorini/CMO

Da redação     -
28 de setembro de 2021

Carmônio Bastos (Podemos), vereador de Osasco, solicitou à prefeitura a inclusão do ecocardiograma fetal no rol de exames obrigatórios oferecidos na rede municipal de saúde. O exame é essencial para identificar problemas cardíacos nos fetos durante o período gestacional, agilizando o tratamento e reduzindo a mortalidade infantil.

O pedido de Carmônio foi feito por meio da indicação 5.638/2021. Nela, o parlamentar reivindica que a prefeitura envie um projeto de lei à Câmara, tornando obrigatória a realização do exame em todos os hospitais e maternidades públicas da cidade.

O ecocardiograma fetal é um exame de ultrassom, realizado por médico especializado em cardiologia fetal. Ele permite a avaliação detalhada de toda a estrutura do coração fetal, como seu funcionamento e ritmo cardíaco, detectando, dentre outras coisas, cardiopatias congênitas, que são a maior causa mortalidade em crianças abaixo de 1 ano, mas que podem ser corrigidas com intervenção médica se diagnosticadas de maneira precoce.

“Atualmente esse exame só é disponibilizado pelo SUS para gestantes com fatores de risco, que utilizam medicamentos contínuos ou quando há suspeita de má formação genética. Hoje, quem não preenche esses requisitos têm que recorrer à rede particular, desembolsando entre R$250 e R$600. É um custo muito alto, ainda mais no momento que estamos vivendo”, afirmou Carmônio.

O vereador também explicou o motivo de apresentar o assunto por meio de indicação. Membro da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Carmônio tem participado do esforço coletivo de levar à discussão no plenário apenas projetos que atendam todos os requisitos legais.

“Projetos como esse são de iniciativa do poder Executivo, mas, na condição de vereador, posso mostrar ao prefeito a importância do tema e solicitar, por meio de Indicação, que ele assuma o compromisso de enviar o projeto à Câmara. Eu poderia fazer o projeto de lei? Poderia, mas ele acabaria vetado por vício de iniciativa. Seria uma enorme perda de tempo e não é isso que queremos. Nessa legislatura queremos dar celeridade aos projetos”, explicou Carmônio.