O delegado titular do 1° DP de Carapicuíba, Marcelo José do Prado, fez um alerta sobre o aumento do consumo de droga K9 na região Oeste da Grande São Paulo.
Nesta semana, sua equipe de investigadores aprendeu quase 10 mil porções de drogas em um apartamento da cidade. Duas mulheres e um homem foram detidos em flagrante pela polícia.
As duas mulheres pararam o carro próximo a uma biqueira e, no momento, que repassavam os entorpecentes ao rapaz foram presas.
Tudo isso em frente à portaria do prédio. No apartamento foi encontrado o restante das 10 mil porções.
O delegado explicou que a polícia tem percebido um aumento no consumo de K9 nos últimos dois anos.
Antes essa droga era pouco comercializada pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) porque matava o usuário muito rápido.
Por ser sintética, a K9 pode ter efeito cem vezes mais potente que a maconha natural. Por isso seu consumo afeta o cérebro de forma diferente do que a droga natural.
De acordo com o NIDA (Instituto Nacional de Abuso de Drogas), nos EUA, os usuários podem ter efeitos no organismo como: ansiedade, agitação, náuseas, vômitos, hipertensão arterial, convulsões, alucinações, pânico, incapacidade de comunicação, paranoia, além de levar o usuário a agir com violência. O que vem sendo chamado pelos médicos como “efeito zumbi”.
Nas redes sociais é possível encontrar vídeos que mostram o estado precário que os usuários dessa droga ficam após o consumo. Na região é possível achar o entorpecente por R$ 5.
Por ter efeitos tão devastadores, o PCC (Primeiro Comando da Capital) liberou um “salve”, espécie de comunicado, liberando a venda da droga nos pontos controlados pela facção, mas proibindo o consumo no local.
Alguns meses antes, a facção tinha proibido totalmente a venda da droga por seus traficantes. Como a K9 pode matar rápido, a clientela reduziria e não seria um negócio lucrativo.