O governador de São Paulo, João Doria, anunciou, ontem, que o estado não corre risco de sofrer lockdown para conter a alta de casos de coronavírus. A informação foi confirmada, nesta sexta-feira, 20, pelo secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn. Segundo ele, esta hipótese está descartada totalmente. “Essa medida não foi adotada nem mesmo nos períodos que tínhamos taxa de ocupação de UTI que superavam 95%”, disse. “Hoje temos leitos, respiradores, hospitais e índices que não nos revelam qualquer necessidade de retroceder”, completou.
Bruno Covas (PSDB), prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, afirmou nesta quinta-feira (19) que não existe segunda onda de coronavírus e que a pandemia está “estável” em São Paulo. Também descartou a possibilidade de um novo lockdown na cidade, “como infelizmente alguns vêm espalhando”, afirmou. Embora sustente que não há risco de segunda onda, Covas confirmou a elevação da taxa de ocupação de leitos de UTI no município.
Mas justificou o aumento com a redução no número de leitos. Também durante a coletiva, Edson Aparecido, secretário municipal de Saúde, afirmou que a rede pública da capital tem 45% de ocupação de UTIs em leitos para a covid-19, enquanto a rede privada tem 76%. De acordo com Aparecido, o comportamento da pandemia foi diferente em relação a outros lugares como a Europa, onde o aumento de casos e óbitos ocorreu após uma grande queda nos índices. Na Europa vários países decretaram lockdown para conter o vírus – Alemanha, Portugal, Itália, França, Reino Unido, Bélgica, dentre outros.