A oposta e ponteira Tifanny, jogadora do Osasco São Cristóvão Saúde, publicou em suas redes sociais uma mensagem de apoio a Tandara, companheira de clube que foi condenada à pena máxima de quatro anos de suspensão por doping. “Força amiga, eu acredito em você”, disse a atleta, a primeira trans a atuar na Superliga Feminina e primeira trans contratada pela equipe osasquense de vôlei.
Em 2018, durante o primeiro ano de Tifanny na Superliga Feminina, Tandara disse não concordar com a presença da jogadora no torneio. Na época, as duas disputavam o protagonismo na tabela de maiores pontuadoras do torneio e Tandara dizia respeitar, mas não concordar com o fato delas jogarem o mesmo torneio.
No fim do ano passado, já durante a punição preventiva, Tandara voltou a falar de Tiffany. Em uma entrevista ao podcast “Oz Pod”, a campeã olímpica reforçou que não achava justa a participação de mulheres trans no esporte, apesar de ressaltar que respeita a decisão da Confederação Brasileira de Vôlei de liberar tal participação.
Em resposta à fala de Tandara, Tiffany mostrou não guardar mágoas, afirmou que a campeã olímpica errou nas palavras.
No mês passado, ao Diário da Região, Tandara voltou a falar sobre Tiffany e afirmou que as duas são amigas e mantêm uma relação bastante próxima. “A Tifanny é uma pessoa que tenho um carinho muito grande. A gente tem um contato muito grande e pessoal, ela vai na minha casa e eu vou na casa dela”, disse na ocasião.
Após oito horas de julgamento na segunda-feira, 23, o Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem condenou a jogadora Tandara Caixeta por doping pelo uso de ostarina. Os três auditores foram unânimes. A atleta ainda tem direito de recorrer à Corte Arbitral do Esporte (CAS), na Suíça. (com www.ge.globo.com)