O prefeito de Osasco, Rogério Lins (Podemos), reeleito com 60,94% dos votos válidos, também garantiu, nestas eleições, ampla maioria na Câmara Municipal. Dos 21 vereadores, 17 devem compor sua base de apoio por serem do seu partido, ou integrantes da coligação que o elegeu. Em resumo, Lins assume seu segundo mandato, em janeiro, praticamente “casado” com o Legislativo. Diríamos que está “nadando de braçada”.
Mas, ele quer mais. Embora, ainda de forma discreta, o prefeito já sinaliza uma aproximação com o PSOL, que elegeu Juliana Gomes Curvelo, professora de ensino fundamental, conhecida como Juliana da Ativoz. O flerte inicial foi lançado, ontem, durante coletiva de imprensa, no hotel Premium, onde Lins sutilmente disse que “gostou muito das propostas de governo de Simony dos Anjos” e que pretende ligar para ela porque telefonou para todos os seus adversários nestas eleições após resultado do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Detalhe: Simony foi candidata a prefeita pelo PSOL em Osasco.
Para um bom entendedor, meia palavra basta, não é isso? Então, poderíamos arriscar dizer que Lins tem 17 vereadores em sua base de apoio na Câmara e quer chegar a 18. Ele que prepare uma boa dose de charme porque o PSOL tem tradição em ser a voz da oposição. Não será uma parada fácil. E, diga-se de passagem, para garantir uma, Lins terá que convencer duas, para ter apoio de Juliana, terá de conquistar também Simony. Só o tempo dirá se Lins conseguirá fazer “barba, cabelo e bigode”.