Integrante do diretório municipal do PT de Osasco e pré-candidata a vereadora, a professora Mazé Favarão disse, em entrevista ao Diário da Região, que a volta de Marta Suplicy ao Partido dos Trabalhadores divide opiniões. Um dos motivos seria a forma como a ex-prefeita de São Paulo deixou o PT.
“A volta de Marta não está sendo uma coisa tranquila dentro do partido. Divide bastante opinião notadamente pela maneira que ela saiu do PT. Uma maneira agressiva, desrespeitosa e que acabou jogando água no moinho de quem queria destruir o partido”, comentou Mazé.
Em abril de 2015, então ocupando o cargo de Senadora, Marta entregou à legenda sua carta de desfiliação alegando que não tinha como conviver com os escândalos de corrupção que envolvia o partido na época.
Dois pontos, na análise de Mazé, pesaram para o retorno de Marta: ela ainda é um nome querido na periferia e foi a ‘mãe’ do CEU (Centro de Educação Unificado), um projeto de escola com teatro, piscina e atividades extracurriculares de lazer e cultura mantendo o aluno na escola em período integral.
“O que consegui saber das altas cúpulas [do partido] é que a Marta tem uma representação relativamente forte nas periferias, ainda tem um recall do que fez, especialmente pela criação dos isso seria o acréscimo”, avaliou.
Marta volta ao PT para compor a chapa majoritária como vice de Guilherme Boulos (Psol) na disputa pela prefeitura de São Paulo. “Cabia ao PT a indicação para a vice e havia uma orientação bastante forte de que fosse uma mulher”, revelou Mazé.
Existe um ditado popular que diz que figurinha repetida não completa álbum. Questionada se o PT estaria tentando completar um álbum com uma figurinha repetida que, no caso, é a Marta Suplicy, a professora Mazé Favarão criou uma ‘releitura’ ao ditado: “Seria uma figurinha repetida, mas com tonalidade diferente”, finalizou.
O evento que marca a volta de Marta Suplicy ao PT está marcado para acontecer na próxima sexta-feira (2).