A deputada federal e presidente nacional do Podemos, Renata Abreu, publicou um vídeo, em suas redes sociais, repudiando as ameaças sofridas pela senadora de seu partido, Soraya Thronicke.
Nesta segunda-feira (5), Thronicke acionou a Polícia Legislativa e a Advocacia do Senado após um internauta fazer ameaças por e-mail. Como o pseudônimo “faixa preta”, ele ameaçou pegar a parlamentar na rua e “quebrar apenas 4 costelas”.
A informação foi divulgada pelo jornalista Guilherme Amado, do site Metrópoles. De acordo com a coluna, a parlamentar acionou o parlamento após receber o e-mail às 10h27 do dia 15 de dezembro do ano passado.
Estou aqui de olho e monitorando você aqui no MS para te pegar na rua. Vou quebrar apenas 4 costelas suas”, ameaçou o internauta. Ele ainda citou Dourados, cidade natal da senadora, e pela qual ela pode disputar a prefeitura nas eleições deste ano.
A Polícia Legislativa estuda reforçar a segurança da senadora. Já a Advocacia do Senado deve ir à Justiça para adotar “medidas cabíveis”.
Não é a primeira vez que Soraya, que passou a ser alvo dos bolsonaristas, sofre ameaças. No dia 30 de setembro do ano passado, ela informou que registrou boletim de ocorrência na Polícia Federal após sofrer ameaças nas redes sociais.
“Ainda há quem acredite que por estar detrás de um computador ou celular pode desrespeitar os outros e cometer crimes na internet. Acabo não só de denunciar mais um perfil, como tb de registrar mais um BO na @policiafederal , que a cada dia tem obtido mais e mais sucesso nesse tipo de investigação”, postou na rede X, no ano passado.
Soraya também teria sido alvo de espionagem ilegal da “Abin paralela”, adotada na gestão de Jair Bolsonaro (PL) pelo então diretor-geral do órgão, Alexandre Rasmagem, e pelo filho do ex-presidente, Carlos Bolsonaro (Republicanos), conforme a Operação Vigilância Aproximada, deflagrada pela PF com aval do Supremo Tribunal Federal.
Advogada e estreante na política nas eleições de 2018, Soraya foi eleita como a “senadora do Bolsonaro”. No cargo, ela chegou a ser vice-líder do ex-presidente no Congresso Nacional. Durante a pandemia da covid-19, ela começou a se distanciar do ex-presidente e rompeu definitivamente durante a campanha eleitoral.
Ao votar no primeiro turno em Campo Grande, como candidata a presidente pelo União Brasil, ela foi vaiada pelos eleitores bolsonaristas.